A Corrida da Lua 2011 ocorreu como sempre no Parque Taquaral. Uma noite gostosa, propícia para um evento deste porte.
Mas vamos lá. Deixa primeiro contar o processo de inscrição. Como já comentado no post anterior, voltando das férias procurei correr no condomínio o máximo possível para tentar completar a corrida. Meu objetivo era finalizar a corrida de qualquer jeito e sem parar. Demorei muito para inscrição e quando decidi já não era mais possível.
A salvação veio através de Mônica que conseguiu no CPqD me "inscrever" para a corrida. O sábado todo foi de expectativa e preparação pelo menos alimentar. Chegando perto das 18:30 nos dirigimos ao Taquaral. Para um iniciante é indescritível o evento. É muita gente. O local repleto de barracas de grupos de corrida, clubes, academias, pessoal de outras cidades. É contagiante.
Chegando na barraca da Equipe CPqD-Trópico recebi a camiseta e perguntei: e agora, o que é que eu faço. Descobri neste instante que da mesma forma que no carnaval baiano existe a pipoca (aqueles que não compram o abadá e acompanha o bloco atrás das cordas), o mesmo se preza para o mundo das corridas. Resumindo: não teria chip, portanto meu tempo não seria oficializado, mas poderia correr no espaço e até mesmo me abastecer de água. Bem democrático apesar de não ser justo com os pagantes.
Encontrei vários amigos, inclusive Daniel que também correria como pipoca. Fiquei mais tranquilo pois ví que vários ali estavam não por uma competição mas sim por objetivos dos mais diversos como terminar vivo (um dos meus objetivos principais), buscar um tempo, correr pela saúde e até mesmo simplesmente participar do evento.
Fizemos um aquecimento em conjunto com a equipe que realmente ajudou a aquecer e elevar os batimentos cardíacos. Com as instruções iniciais obtidas na barraca, "sobe lá e quando chamar 6 km se posiciona e espera o sinal", eu e Mônica nos dirigimos a largada ainda sem saber como proceder. Neste momento nos perdemos do resto da equipe e ficou meio cada um por sí.
Larguei lá atrás com o pessoal da caminhada e quando passei pelo ponto de contagem iniciei meus trotes deixando Mônica com amigos na caminhada. Nem tinha completado meus 700m e já apontava o vencedor dos 10 km do outro lado da pista. Muito, mas muito rápido. Continuei minha jornada tranquila em um trote confortável quase passeando.
É nestas horas que você descobre que nem tudo é plano ao redor da Lagoa do Taquaral. Tem subidas infinitas por mais que sejam leves, descidas incríveis, subidas íngremes e retas. O desânimo muitas vezes abateu-se sobre mim, mas procurei focar no objetivo: terminar a prova.
O bom de sair lá atrás é que você tem a sensação que está passando todos (que estavam caminhando) e deixa a moral mais acesa. Encontrei Daniel na pista dos 10km, amigos da fisioterapia que estavam caminhando e outros pelo longo caminho. Quase no final mais uma subida antes de chegar a linha de chegada e o último esforço foi dado completando a prova em 43 minutos. Vitória.
Confesso que cheguei bem, poucas dores musculares e após uns 5 minutos já conseguia falar. Completava assim minha primeira corrida, minha primeira vitória pessoal. Neste momento fui mordido pelo "bixinho" da corrida. Que venha a próxima!
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