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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corrida Longevidade Bradesco





29/05/2011 – Lagoa do Taquaral, 8:15

Uma semana depois da Track & Field e outra corrida. Desta vez 6km ao redor da Lagoa.
A semana não foi fácil. Não senti dores e nem cansaço após a última corrida. Na segunda fui na musculação e na quarta me preparei para treino de velocidade e rampa. Uma pequena dor na região lombar me incomodava mas corri assim mesmo na quarta à noite.
Após o banho .... travei. Não conseguia abaixar, ficar de pé incomodava, somente sentado a dor passava. Utilizei pomadas (de cavalo) e dá-lhe anti-inflamatório. Na quinta-feira pela manhã pensei se deveria ir ao trabalho. Para entrar no carro foi um sacrifício. Sair pior ainda. Médico só na sexta. Após técnicas de shiatsu, reflexologia e quiropatria melhorei,  apesar da dor continuar. Só pensava na corrida de domingo. Tinha que melhorar .
Domingo chegou. Café da manhã. Correr ao redor de casa para sentir o corpo. Sem dores nos movimentos. Talvez fosse o frio. Apesar do dia estar muito bonito estava gelado. E assim fomos eu e Mônica para corrida e caminhada.
Desta vez a equipe de três estava completa. Batemos um papo, fizemos a estratégia da corrida que consistia em: não deixar o Wilmar (apelidado no momento de nosso Etíope albino) não deslanchar na saída e seguirmos em uma passada confortável.
Na hora apropriada fomos para largada. Sirene e ......GO.
A prova foi tranqüila. O frio congelava um pouco as narinas e garganta, mas nada desesperador. Como a largada foi  no portão do “malhômetro” logo de cara enfrentamos a subida mais chata do percurso.
Reflexão: Por que alguns corredores passam perfume para correr? Tivemos que acelerar para passar um que contaminava o local.
Como equipe nos comportamos bem e seguimos juntos até o km 5 quando eu já estava cansado. Esta prova me cansou mais do que a anterior. Nesta hora os dois foram para frente. Nos últimos 500m acelerei e finalizei a prova cansado, bem cansado.
O tempo dentro dos meus objetivos traçados foi bom. Um minuto a menos que a do Boldrini 6 km. Pode parecer que não é nada, mas cada segundo é uma eternidade. Eu esperava mais , mas a semana foi estafante devido as dores. O tempo frio talvez não tenha ajudado. Mas uma coisa é certa. Tenho que treinar pelo menos mais um dia na semana para poder chegar nos objetivos traçados.
A organização da prova foi muito boa .
Depois fiz os 3km de caminhada com Mônica e Márcia.
Mais uma corrida, mais uma etapa, mais um delta vencido.
Resultado: 6km em 33´:59 no ritmo de 5´:40

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Corrida Track & Field Run Series Galleria

Domingo, 22 de maio de 2011

Bem, até chegar a corrida, treinei por um mês, aproximadamente 70km divididos em longão, rampa, rampa com velocidade, ritmo e apenas curtição. Duas vezes de musculação por semana.

Objetivo da prova: ficar em torno dos 30´ visto que seria a primeira prova de velocidade fora do circuito Taquaral.

No sábado anterior a prova, voltei a percorrer o caminho da corrida de carro para pensar na estratégia de ritmo. Saída em descida, logo depois uns 500m em subida forte, descida leve, volta com aproximadamente 1,3km de subida, pequena reta, descida e subida para cruzar a linha de chegada. Perfeito.

Acordei às 6:00, tomei o café habitual (pão integral, cereais, suco Ades), dei uma corrida de aquecimento ao redor de casa e ligeiro alongamento. Estava preocupado com uma dor no posterior da coxa que me perseguiu durante a semana. Medo de um estiramento. Não senti nada no aquecimento.

Quando cheguei ao Galleria tive minha primeira surpresa. A largada seria no estacionamento principal e não no de baixo. Isto significava uma subida a mais no meu planejamento ( e esta pequena subida foi cruel no final).

Desta vez nossa equipe resumiu-se a Katia e eu. O clima estava muito bom, temperatura amena, sol na medida correta. Encontrei vários amigos se preparando.

Preparação para largada. Como sempre música, últimas instruções aos participantes, sirene e largada.

A prova foi tranquila. No início muita gente o que dificultou um pouco uma maior aceleração. Mas foi bom pois devo ter mantido o mesmo ritmo em toda corrida. Tive a sorte de correr ao lado de Katia o que é bem melhor do que correr sozinho (como nas últimas vezes). Ainda bem que o Wilmar não veio se não os dois disparariam na frente.

O que me chamou a atenção foi que quando estávamos voltando, ví um homem andando de muletas, participando do evento bem como uma mãe trotando e empurrando o carrinho de bebê. Nesta hora consegui uma força maior (estava no meio da subida da volta) e constatei o que é perseverança e força de vontade. Foi uma tremenda motivação.

Quando terminamos a subida a frequência estava no máximo e mesmo com a reta e descida não foi suficiente para estabilizar a respiração. Na virada para entrar no Galleria ou continuar os 10km  Katia me acompanhou nos 5km. O cansaço muscular era grande, mesmo assim deu para ir até o final. Por sorte a chegada estava logo aí depois da subida. Fotógrafos (alguém tem que registrar). Cheguei exausto, mais pelo esforço final da subida e sprint. Mas foi bem diferente das outras em que cheguei em um estágio de semi-morto.

Tenho a agradecer a Katia por ter me acompanhado. É um estímulo maior correr com um amigo ao lado.

Resultado: 5km no tempo de 30´:28 no ritmo de 6´:05. Objetivo conquistado. Lembrando que foi um percurso com mais inclinações do que o da Lagoa. Satisfeito mas preciso aprimorar o treinamento e dedicar pelo menos mais um dia na semana para corrida.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Treinando com a Equipe Panga(rés)

Com o objetivo alcançado na corrida Boldrini, próxima etapa Track & Field Galleria.

Fui ver o percurso. Barra pesada. Descida, subida íngreme, leve plano, descida leve, subida leve mas longa, descida íngreme, plano, subida, fim.

É sempre bom conhecer o campo de batalha. Ajuda no tipo de treinamento a ser feito. Examinando o traçado é difícil acreditar que conseguirei repetir o tempo das últimas corridas. Vamos treinar.

Num sábado destes encontrei meus primos Andreia e Maurício e junto com integrantes da Equipe Pangarés ( há anos que correm juntos) corremos 8km. Saímos da Lagoa em direção ao Cati. Corremos lá dentro (é muito bonito) e voltamos. É legal porque são quase 2km de subida leve que ajuda na preparação. Foi muito bom e na semana seguinte já estava lá querendo mais.

Desta vez somente eu, Andreia e Maurício. Contornamos Arauto da Paz em direção ao cartódromo e diferentemente da outra vez, Maurício deu a maravilhosa idéia de subir a Imperatriz. Bem, consegui até a metade. Assim acho pois já estava faltando sangue no cérebro. Valentemente caminhei o resto da subida em direção a avenida Brasil, consegui lembrar quem eu era, recuperei o fôlego e voltamos passando pelo Cati, contornando a escola São José e retornando ao portão principal da Lagoa. Desta vez o joelho direito sentiu. Apesar do cansaço foi muito bom. Parece papo de masoquista mas não é.

Mais um sábado sem ter que levar minha filha a academia. Portanto liberado para correr com os Panga (2 semanas para a Track & Field). Desta vez a meta era chegar ao Circulo Militar e voltar. Fiz o percurso sem parar para beber água no Cati totalizando uns 5km. Tem duas subidas leves e longas que cansam mas no quilômetro final somente descida leve onde é possível soltar os passos. Muito bom. O duro é voltar. Após água, volta.

Quando finalizado a subida da escola de cadetes, eu e Maurício mais cansados voltamos pelo caminho original enquanto os demais do grupo seguiram por outro. A volta foi tranquila com um pouco de caminhada.

Sempre que volto a 700m do portão principal (lado Cancha Acústica) existe uma subida de 400m que matam e depois 300m de descida leve. Nestes treinos nunca tive forças para fechar os 300m finais mesmo sendo descida. Desta vez não. Tenho que conseguir. Feito. talvez foi o momento que mais me deu satisfação pois era um entrave no meu subconsciente.

Domingão novamente pronto às 8 da manhã. Corrida até o Cati num total de 9km. Foi duro. Muito cansado do dia anterior, Ainda não estou preparado para tal esforço em dias seguidos. Algumas caminhadas no percurso mas completando com sprint nos famosos 300m finais.

Uma semana para a Track & Field. Sábado 8 da manhã. Novamente com os Pangas. Foi difícil, estava muito cansado. Senti minhas pernas dobrarem de peso. Talvez o baile da noite anterior no Clube dos Veteranos (niver da minha mãe) ou mesmo o treino de quarta onde corrí por 35´ e depois pique em rampa (5x 300m). O fato é que foi difícil. Mas sou persistente. Quando não dá dou uma caminhada, recupero o fôlego e vamos que vamos. Caminho diferente mas agradável. Talvez seja melhor no domingo sem movimento. No final quase 11km.

Corrida Mais Vida 3M Boldrini

6km ou 10 km ? focar nos objetivos traçados: 6 km

Desta vez nem deu tempo de treinar. Apenas uma semana após a Delta.

O horário contribui um pouco mais, a famosa meia hora que faz diferença. A noite anterior foi de festa de 22 anos de CISV do Chapter Campinas e 60 CISV Internacional. Por sorte foi no condomínio, o que facilitou a locomoção porém me contive no refrigerante, cerveja e comida (sem falar nos vinhos). Não deu tempo para sobremesa pois queria dormir cedo. Engano meu. Por mais que seja uma corrida sem competição eu sempre fico ansioso e não consigo dormir direito. Devo ter dormido por volta das duas da manhã para acordar às seis.

Novamente o mesmo ritual. Café da manhã e uma corrida leve no condomínio para aquecer. Então, novamente Lagoa do Taquaral.

Por estar acostumado neste percurso, a estratégia já está definida. Todos os pontos de inclinação e descida estão mapeados o que facilita em muito o controle da prova.

Pegar chip, colocar no tênis e esperar a equipe. Desta vez somente Wilmar (devido ao problema do joelho correu os 6km). Posicionar em um espaço intermediário, música alta, sirene de partida e GO.
Ele disparou na frente. Desta vez não teve problemas de afunilamento da pista.

Fiz minha corrida mais solta até agora. Sempre procuro o relógio para verificar se estou na meta traçada. O que atrapalhou é que não tinha a marcação do 4ºkm e fiquei perdido quanto ao tempo. Cruzei os 5km. No relógio 29´:00. Conseguí quase dois minutos em relação a corrida Delta. Só falta 1km. Subida final, olho para trás para ver se tem alguém por perto, procuro pelos flashs dos fotógrafos, sprint e fim de corrida.

Estava cansado ao final. Nem se compara com a corrida Delta. Mas sentei para tirar o chip e gostaria de uma cama para dormir lá mesmo. Neste momento a sensação é de que não conseguirei mais levantar. Levantar. Hidratar. Comer uma fruta. Pegar medalha. Achar o Wilmar. Bater um papo. Achar um fotógrafo para registrar o feito. Pronto. Hora de voltar para casa.

Resultado: 6km em 34´:43 em um ritmo de 5´:47 - (10´a menos que na minha primeira corrida)

Corrida Delta - Etapa Etiópia

A proposta da Corrida Delta é muiro legal e eles utilizaram-se de nomes de países africanos para diferenciar as etapas. Delta significa variação e é justamente através dele que você atinge seus objetivos: sobrevivência, tempo, distância, velocidade ou qualquer outro. Serão 3 etapas e esta primeira levou o nome de Etiópia com percurso de 5km ou 10km.

Desta vez foi muito cedo .... largada 7:30 da manhã (estava previsto para as 8:00), Lagoa do Taquaral.

Acordei às 5:00, me alimentei e dei uma corrida de 5 minutos no condomínio para aquecimento.
Não processo direito de manhã .... estes 30 minutos fazem diferença.

Como sempre, pegar o chip e procurar a equipe ainda sem nome, Wilmar e Katia. Eu me inscrevi nos 5km e eles nos 10km. Percurso sem estresse, já conhecido ao redor da Lagoa. Um leve aquecimento só para esticar mesmo e o mínimo de alongamento. Vamos nos alinhar.

Objetivo da corrida: fechar em 35´, ritmo de 7´.

Já falei da expectativa da largada. Música alta, concentração, menos corredores que nas corridas anteriores e vamos lá ....

O início da corrida foi conturbado pois delimitaram o espaço na via ao redor da Lagoa o que prejudicou em muito o primeiro quilômetro. Sem espaço para correr segurando o tempo de muitos.

Mantive meu ritmo inicial, sempre menor pois tenho imensa dificuldade nos primeiros 15 minutos. Normalmente respondo melhor depois de um bom tempo de corrida. Por ser um caminho conseguido a mente já trabalha informando onde será penoso e onde o esforço será menor. Lá pelo terceiro quilômetro meu cadarço desamarrou em frente ao espaço da Guarda Municipal. estava em um ritmo que se eu parasse para amarrar não sei se levantaria. Deixei como estava. Não sei se foi uma boa idéia pois isto exigiu atenção e concentração redobrada para não dar um tropeção sem dizer do pessoal que passava e falava cuidado (foram muitos). Isto realmente provocou um cansaço maior ...

Já na subida da chegada ví o fotógrafo e fiz cara de tranquilidade para sair bem na foto, mas logo após cruzar a linha ví uma maca e fui na direção dela. Se acontecesse alguma coisa o trabalho seria facilitado. Cheguei cansado mas muito cansado. Não sei se existe termo melhor para definir meu grau de cansaço. Passado a fase na qual ví que não morreria me dirigi ao local para tomar água, comer uma banana e pegar a medalha, bem como fazer hora para chegada do Wilmar e Katia.

Não esperei muito. Eles já estavam lá. O joelho do Wilmar foi implacável e eles fizeram somente 5km. Mesmo com joelho "bixado" ainda foi um tempo melhor que o meu.

No final me surpreendi com meu tempo. Não foi só o cadarço, na verdade corri numa velocidade maior do que a planejada levando-se em conta que a largada foi conturbada.

Resultado: 5km em 30´:26 em um ritmo de 6´:05

Reflexão após primeiras corridas

Bem, vencida a primeira etapa que era de pelo menos sobreviver ao fim da chegada, fica a questão: e agora ?

Pesquisando em revistas e sites tudo aponta para uma planilha de treinos específicos para cada tipo de prova desejada (5km, 10km, meia maratona, etc).

Desta maneira, é necessário formular primeiramente o que você deseja neste processo. E isto depende de cada um. A princípio meu objetivo era sobreviver, o que foi conseguido nas duas provas. Agora quero mais.

Objetivo 1
Sempre que estiver correndo, limpar a mente com: tá bom, vou parar, estou cansado, etc

Objetivo 2
Tenho que me divetir com a prova. Tem que ser algo que me traga estímulos

Objetivo 3
Até 30/08/11: fazer provas de 5 km em tempo abaixo de 6 minutos
Meta de 5´:40 por km
A paritr de 30/08/11: iniciar provas de 10 km em tempo entre 6 e 7 minutos

Agora não basta só objetivos, tem que se dedicar.

Montei uma planilha com treinos de rampa, velocidade, leve e longo. Infelizmente com apenas dois dias de dedicação é pouco mas vamos ver o que dá.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Largada

Uma das etapas mais bacana das corridas são as largadas.

Aquele momento que precede a sirene de largada é muito contagiante. Tudo começa pelo menos meia hora antes quando você coloca o chip no tênis, bate-papo com a equipe, encontra amigos, discute os objetivos a serem alcançados.

É difícil falar em estratégia, mas com o tempo de pista é possível delinear, traçar metas para a corrida. O mais importante é ter conhecimento da mesma para definir o seu tempo, onde correr mais, onde correr menos ou simplesmente sobreviver.

Infelizmente há dias que simplesmente o corpo não responde. Pode ser por causa de uma contusão inesperada durante a prova ou simplesmente não era o dia. Há fatores próprios do dia da corrida a considerar como o tempo (quente, frio, chuvoso), o horário da largada como também o seu estado emocional.

Quando nos dirigimos a largada no primeiro momento verificamos em que pelotão vamos largar. Normalmente há indicações de tempo por km para que corredores mais lentos não prejudiquem os mais rápidos. Este é um dos pontos realmente a se respeitar.

O clima nesta hora é contagiante. Todos juntos conversando, alguns meditando outros preparando suas músicas, alguns aquecendo. Neste ponto a múscia é alta e a contagem regressiva é possível de se ver atrvés do cronômetro. O público também favorece muito. Quanto mais cheio mais bacana fica.

...3,2,1 e soa o alarme .....começa a corrida. Inicia-se com pequenos passos, todos no mesmo ritmo, alguns trotes até que finalmente o grupo a sua frente se distancia e você pega velocidade.

Aí é só curtir e verificar se os objetivos iniciais foram concluídos na chegada

O Mundo das Corridas

Como já mencionei em posts anteriores é surpreendente a quantidade de informações existentes para quem quer praticar corridas. Seja para o corredor novato ou experiente.

Existem sites e revistas especializadas que dão dicas nutricionais, planilhas de treinamento, prevenção contra lesões, vestuário, qual melhor calçado, além de calendário de provas.

Certamente deve existir pelo menos uma corrida por semana no Brasil. Existe um eixo principal São Paulo-Rio de Janeiro-Brasília-Belo Horizonte e principalmente cidades do interior de São Paulo com uma programação bastante efetiva.

Depois que você começa a participar você vê nas corridas grupos originados de empresas que têm na corrida um importante instrumento de integração e bem estar no trabalho.

Outro fator que chama a atenção são grupos profissionais de fotógrafos que estão registrando todos os atletas para posteriormente venderem suas fotos via site. É muito legal. Sempre que vejo um fotógrafo escondo a cara de cansado e tento ficar literalmente bem na foto.

Pelo menos em Campinas há grupos dedicados de corrida para quem quer ter um treinamento mais específico além de inúmeros profissionais preparados para te ajudar no processo.

Coloquei no Links de Corrida vários sites que poderão te ajudar no objetivo de correr

Corrida Circuito Saúde Oba


Desta vez me preparei um pouco mais correndo pelo condomínio e principalmente no feriado de carnaval. O problema é que eu tenho uma preguiça imensa para treinar sozinho. Tenho que realmente lutar comigo mesmo. Não corro 50m e já quero desistir. Já começo a pensar que talvez correr só por 15 minutos sejam suficientes, às vezes até um determinado local.

O fato é que correr é um grande desafio pra mim. Como sou persistente quando traço objetivos, acredito que com o tempo a corrida passará a ser natural e não um sacrifício.

Um novo fator entrou nesta corrida. Horário. Não me dou bem pela manhã. Sou mais vespertino. Correr de manhã será uma experiência e tanto.

Acordei cedo, fiz uma alimentação saudável, peguei meus sogros que juntamente com Mônica iriam caminhar e fomos para o Taquaral. O percurso desta vez seria a avenida Norte-sul.

Chegando lá peguei meu chip (agora meu tempo seria registrado) e encontrei minha equipe (Wilmar e Katia). Na hora determinada nos posicionamos em um ponto intermediário para iniciarmos a largada. Com o aquecimento que eu fiz Wilmar achou que eu era um atleta de elite e não conseguiria me acompanhar .... mera ilusão.

Largada. Saímos juntos acelerados mas a cada passo os dois se distanciavam um pouquinho. Na subida para alcançar o balão ainda estava atrás deles e no início da descida da Norte-sul em direção à avenida Orosimbo Maia os mesmos já estavam uns 100m na frente. A visão do início da descida er maravilhosa. Um mar de gente vestido de laranja (cor da camiseta da corrida). Uma imagem muito bonita. Nesta altura já me sentia o último cara da corrida. Diferente da Corrida da Lua, todos passavam por mim. Sensação horrível.

Logo após a descida a cabeça já trabalhava contra. O que eu estou fazendo aqui, desista, você está cansado, bobagem, podia estar dormindo, não é natural. Na altura da 100 por cento Vídeo o pelotão de elite já estava voltando. Fiquei no meu ritmo, trote, e quase desisti na altura do hotel Vitória. Novamente pode não parecer mas ali tem uma subida leve e constante que para quem não está preparado é muito íngreme.

Quase morto passei pelo chuveiro refrescante no meio da pista e peguei sentido contrário, voltando pela Norte-sul. Foram somente 3km. Ainda faltavam 5. Tentei seguir alguns corredores em condições precárias, mas não foi uma boa opção. Havia aqueles que você seguia para ter um ritmo, mas quando percebia que alguém seguia corria mais. Outros caminhavam e corriam. E continuava gente passando por mim.

Nesta altura já fiquei preocupado em ver os carros que marcavam o fim da corrida. Por sorte eles ainda estavam do outro lado da pista.

5km e início da subida da Norte-sul. Um pesadelo. Antes da prova me imaginava subindo, até corri por várias vezes subidas no carnaval como parte do treinamento, mas a realidade foi cruel. Nesta altura uma pressão na cabeça me incomodava. O que me deixava tranquilo é que se eu tivesse algo alí saberiam reconhecer o corpo facilmente. Realmente fiquei preocupado com esta pressão e faltando pouco para finalizar a subida parei de correr e continuei andando. Constatei que não foi um fracasso pessoal, pois muitos se utilizaram desta estratégia ao longo da corrida. Neste momento encontrei meus vizinhos de condomínio finalizando a subida e trocamos algumas palavras de incentivo. Quando ficou plano voltei a correr. Algo me dizia para parar, mas agora faltava pouco.

Eu nunca vi uma placa de chegada tão longa. Quanto mais eu me aproximava mais me distanciava. Que sensação estranha. Nesta hora pensei ter visto Katia o que na verdade nunca aconteceu pois ela já tinha finalizado a prova. Acho que já estava no processo de miragem. Quando atravessei, já sem nenhuma força, nem sequer comemorei. É uma mistura de dor, falta de ar, cansaço, vontade de apagar. Quando sentei para retirar o chip achei que nunca mais levantaria. Com o tempo voltei a um estado menos deplorável e fui comer frutas (estava muito bom) e beber água de côco. Lá estava minha primeira medalha e foi merecida. Prova da minha obstinação.

Não encontrei minha equipe. No dia seguinte comentamos a prova lá no trabalho e nos divertimos muito. Desta vez fiquei com uma canelite incrível, muita dor por uma boa semana, mas a lição foi compreendida. É necessário treinar, mas treinar com método. Não basta simplesmente correr todo dia. Existem treinos específicos e se quisesse continuar algo deveria ser feito neste processo.

Resultado: 8km em 55´:49 em um ritmo de 6´:59.

Procurando por corridas


Quando você entra neste mundo é impossível imaginar a quantidade de publicações e web sites com informações sobre provas, treinamento, alimentação, saúde, acessórios, roupas etc.

Você começa a perceber a quantidade de pessoas que praticam corrida no dia a dia. Basta ir ao Taquaral no final de semana, olhar pelas avenidas e estradas.

Bem com a sede de entrar em novas provas, um cartaz com informações sobre o Circuito Saúde Oba na avenida Norte-sul, passou a ser o próximo passo. Corrida marcada para 27 de março. Exatamente um mês para preparação com o feriado do carnaval no meio.

Problema: percurso de 8km com uma bela subida

O dia seguinte ...

Realmente fiquei muito contente comigo mesmo. Correr o que eu corri sem quase nenhum preparo e nehuma experiência me fez sentir "vivo". Queria mais.
Na segunda conversei com amigos da prefeitura que fizeram os 10km e trocamos experiências bem como demos muitas risadas. Nascia ali, junto a Wilmar e katia, o embrião de uma futura equipe.
Agora é saber onde encontrar corridas e se inscrever antecipadamente.

Corrida da Lua 2011


A Corrida da Lua 2011 ocorreu como sempre no Parque Taquaral. Uma noite gostosa, propícia para um evento deste porte.

Mas vamos lá. Deixa primeiro contar o processo de inscrição. Como já comentado no post anterior, voltando das férias procurei correr no condomínio o máximo possível para tentar completar a corrida. Meu objetivo era finalizar a corrida de qualquer jeito e sem parar. Demorei muito para inscrição e quando decidi já não era mais possível.

A salvação veio através de Mônica que conseguiu no CPqD me "inscrever" para a corrida. O sábado todo foi de expectativa e preparação pelo menos alimentar. Chegando perto das 18:30 nos dirigimos ao Taquaral. Para um iniciante é indescritível o evento. É muita gente. O local repleto de barracas de grupos de corrida, clubes, academias, pessoal de outras cidades. É contagiante.

Chegando na barraca da Equipe CPqD-Trópico recebi a camiseta e perguntei: e agora, o que é que eu faço. Descobri neste instante que da mesma forma que no carnaval baiano existe a pipoca (aqueles que não compram o abadá e acompanha o bloco atrás das cordas), o mesmo se preza para o mundo das corridas. Resumindo: não teria chip, portanto meu tempo não seria oficializado, mas poderia correr no espaço e até mesmo me abastecer de água. Bem democrático apesar de não ser justo com os pagantes.

Encontrei vários amigos, inclusive Daniel que também correria como pipoca. Fiquei mais tranquilo pois ví que vários ali estavam não por uma competição mas sim por objetivos dos mais diversos como terminar vivo (um dos meus objetivos principais), buscar um tempo, correr pela saúde e até mesmo simplesmente participar do evento.

Fizemos um aquecimento em conjunto com a equipe que realmente ajudou a aquecer e elevar os batimentos cardíacos. Com as instruções iniciais obtidas na barraca, "sobe lá e quando chamar 6 km se posiciona e espera o sinal", eu e Mônica nos dirigimos a largada ainda sem saber como proceder. Neste momento nos perdemos do resto da equipe e ficou meio cada um por sí.

Larguei lá atrás com o pessoal da caminhada e quando passei pelo ponto de contagem iniciei meus trotes deixando Mônica com amigos na caminhada. Nem tinha completado meus 700m e já apontava o vencedor dos 10 km do outro lado da pista. Muito, mas muito rápido. Continuei minha jornada tranquila em um trote confortável quase passeando.

É nestas horas que você descobre que nem tudo é plano ao redor da Lagoa do Taquaral. Tem subidas infinitas por mais que sejam leves, descidas incríveis, subidas íngremes e retas. O desânimo muitas vezes abateu-se sobre mim, mas procurei focar no objetivo: terminar a prova.

O bom de sair lá atrás é que você tem a sensação que está passando todos (que estavam caminhando) e deixa a moral mais acesa. Encontrei Daniel na pista dos 10km, amigos da fisioterapia que estavam caminhando e outros pelo longo caminho. Quase no final mais uma subida antes de chegar a linha de chegada e o último esforço foi dado completando a prova em 43 minutos. Vitória.

Confesso que cheguei bem, poucas dores musculares e após uns 5 minutos já conseguia falar. Completava assim minha primeira corrida, minha primeira vitória pessoal. Neste momento fui mordido pelo "bixinho" da corrida. Que venha a próxima!

Era uma vez ...

Correr .... desde pequeno sempre gostei de correr. Começou nas brincadeiras de pega-pega, esconde-esconde, futebol e aulas de atletismo. Sempre gostei de ver as corridas, principalmente as rápidas (100 , 200 e revezamento 4x100) nas competições internacionais. Nunca gostei de correr por muito tempo, cansava rápido demais.

Preferia corridas rápidas com explosão. Neste sentido o Rugby foi o esporte onde encontrei esta característica e pratiquei e me diverti por muitos anos.

Os anos chegam, as obrigações acumulam, o tempo livre diminui e é necessário recriar nosso tempo ou adaptá-lo. O esporte normalmente é sacrificado, é claro que a preguiça fala mais alto, mas a necessidade de manter a saúde em dia algo é preciso e necessário ser feito, no mínimo para queimar o stress diário. 

Há pelo menos dois anos venho pensando em correr, mas sempre achei desculpas para tanto. Ano passado (2010) coloquei na cabeça que deveria fazer uma prova, a tal Corrida da Lua. No início de 2011 passei férias familiares na praia e arrisquei meus primeiros passos no sentido de ver o quanto aguentaria correr sem parar. Fui acompanhado do meu amigo Daniel que já tinha experiências em corridas de rua.

No primeiro dia corri a beira mar só com as pontas do pé, descalço. Resultado: quase não andei no dia seguinte. Nunca senti coisa igual. Não tinha comando nas pernas. Toda hora que sentava não conseguia levantar. Mas sou persistente e dois dias depois corri por 20 minutos sem parar. Cansei, mas cansei muito. Imaginei ter corrido uns 5 km mas para minha surpresa devo ter corrido enormes 2 km.

Dia seguinte estava lá novamente e desta vez 25 minutos ininterruptos. Pronto. Vou treinar na volta das férias e vou fazer a Corrida da Lua.

Começa assim minha jornada no mundo das corridas de rua.