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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

9ª Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day




02 de dezembro de 2012
9ª Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day

Que evento! Não foi uma corrida. Foi um verdadeiro evento. Preparem-se pois este post será longo.

OBS: para quem ainda não viu, assista na minha Linha do Tempo no facebook o vídeo com as imagens feitas pela Pri Senatore.

Este evento teve o tempo de aproximadamente 12 horas. Acredito que todos levantaram por volta das três da manhã e retornaram para casa quase três da tarde. Questão é: 12 horas para correr 30 minutos, vale a pena?  E como vale ... como vale a pena cada minuto que passamos juntos. 

Nos encontramos no Portão 7 do Taquaral e saímos por volta da 4:15 da manhã. Aí já vimos que alguns teriam que correr duas vezes (tivemos 3 ausências). 

Desta vez o ônibus foi tranquilo e quieto. Das outras vezes sempre muito falatório, piadas. Tudo muito tranquilo. Paramos no Frango Assado por 20 minutos e retornamos rumo a Interlagos. Agora já acordados e mais falantes, ouvimos o coach Halim passar as instruções e fomos nos preparando mentalmente para o que viria a seguir.


Por incrível que pareça entramos justamente no Portão 7 de Interlagos. Não tinha como não bater uma foto. De portão 7 a Portão 7 (Portão 7 do Taquaral é a sede simbólica do Clube da Corrida, nosso ponto de encontro, nosso local de treinamento).


Para conhecimento:  A pista do Autódromo de Interlagos,  “José Carlos Pace”, possui 4.309 metros de extensão. Em 1990, ocasião em que o autódromo completava 50 anos de existência, a pista foi completamente redesenhada e ganhou a formatação atual, em detrimento dos 7.823 metros do circuito anterior. Passou a contar com trechos, como a “Curva do S”, “Bico do Pato”, “Mergulho”, “Curva do Sol”, entre outros que se tornaram mundialmente populares, graças à Fórmula 1.

S do Senna - 7:00 da manhã


Não tinha idéia da grandiosidade de Interlagos. Já assisti uma prova mas fiquei em frente aos box e parecia tudo muito pequeno. Aliás tudo que vemos na TV é diminuto e achatado. Não dá a verdadeira dimensão do local. Aproveitei cada minuto para conhecer a pista. Paramos no box 10 para pegar os chips. O Clube da Corrida montou 6 equipes de 8 corredores (Paddock, Subida do C, S do Senna, Junção, Reta dos Box, Reta Oposta). Ficamos ali por um tempo enquanto combinávamos como proceder. e até mesmo conhecermos os amigos do revezamento. Depois saí para conhecer o Paddock e toda área do circuito. Era cedo ainda e tínhamos tempo suficiente. A organização do evento é impecável. Tudo muito bem sinalizado e com tendas de patrocinadores expondo produtos e inclusive uma exposição do Ayrton Senna. Aproveitei para passear tranquilo e tirar umas fotos. Já próximo da largada guardei minha mochila e fomos para curva do S do Senna de onde poderíamos ver a largada. 




De onde ficamos não foi possível ver os atletas saindo do pórtico. Ficamos logo depois do mesmo mas suficiente para gritar para os primeiros que abririam o revezamento. É emocionante ver o mar de gente tomando a pista de Interlagos.

Quando passaram os últimos corredores fui para outra ponta para checar as chegadas. Depois de 20 minutos nosso Senna, Mário Basso, já passava para entregar a munhequeira (era o bastão no revezamento) para o próximo da sua equipe. Depois apareceram André Lucena, Adilson, Fernanda. Para cada um que chegava gritava de apoio. Fernanda agitava o braço e achei que ela estava retribuindo. Depois vim a saber que ela tinha caído na pista e estava mostrando o braço machucado. Foi valente. Terminou os últimos 2,5 quilômetros chorando de dor. Voltei para encontrar os amigos e aguardar.

Corrida de revezamento é difícil. O tempo de espera para quem vai entrar a partir do quarto corredor é terrível. O que você comeu já não é suficiente, o cansaço de acordar cedo aparece, ansiedade e o pior de tudo:  ver a cara dos que chegam. Normalmente arrebentados. Soma-se a isso o calor que vai aumentando com o passar das horas. 

Descansando no Paddock com João e outros amigos

É chegado a hora. Último pit stop, aclimatização com o sol e bóra para o box.

Tudo é muito organizado. Só entra no Box quando o anterior da sua equipe iniciar a corrida e o outro que chegou sair. Claro que nem sempre é perfeito, estamos no Brasil e sempre dá um jeitinho de continuar por lá.

Para entender o percurso

Teria que pegar a munhequeira do Thiago e passar para Natan. Dentro do nosso Box (nº 10) estavam já outros do CC esperando a passagem. Deu para ver que na pista Thiago estava completando o km 4. Mais uns 10 longos minutos para iniciar minha jornada. Eu e João estávamos com a posição 6 e ficamos juntos aguardando os número 5. Neste momento chega um corredor de uma outra equipe, desaba no chão: fez a volta dele em 17 minutos. 
Este tempo de espera no Box é irritante. É uma mistura de pressão, ansiedade, dor no estômago. Ali você sente que não está correndo só por você mas sim em uma equipe e indiferentemente se você vai curtir a sua corrida existe algo maior. Existe o grupo.

O aquecimento é precário, se é que você faz algum aquecimento. Apenas um alongamento leve. Bem agora Thiago está se aproximando, pego a munhequeira e saio a correr. È a sensação de um pit stop de corrida. As pernas ainda estão duras, a adrenalina lá no alto, escuto a força da galera incentivando lá do Paddock, passo pelo pórtico da largada e agora é comigo.

Esta é daquelas provas que você tem que decidir o que quer fazer. Correr ou curtir cada metro lembrando o que você já viu pela TV nas corridas. Eu que sempre gostei de Fórmula 1 e foi difícil decidir até o segundo quilômetro.

Desço pela saída do box alucinado, sei que até o fim da reta oposta é o lugar para fazer tempo pois é uma descida sem fim. Até seguro um pouco pois as pernas ainda estavam frias (alguma semelhança com os pneus). Logo se encontra o 1º posto de abastecimento. Passei reto, quando percebi já era tarde para pegar água. Fico procurando onde a pista se encontra com o caminho da saída do box (só no final da Curva do Sol). Surpresa. A pista se estreita. A imaginação tende a pensar autódromos com pistas largas mas não. Tão estreita como uma rua qualquer. Tive caminho livre até o final da Reta Oposta. Geralmente olhava para trás (o que fazia perder tempo) pois queria ter a visão do espaço, o que os torcedores viam daquelas posições. Passamos pela área de escape (não contornamos a pista) na Curva do Lago. Mais uma pequena descida e início das subidas. 


O 2º posto de abastecimento estava localizado na reta da subida do LaranjinhaNeste momento minha visão foi do filme Walking Dead (aquele de zumbis). Muita gente caminhando (realmente pareciam zumbis). Não tinha dois quilômetros e muita gente já estava andando. Minha sensação na corrida foi excelente pois nunca passei tanta gente. Para falar a verdade talvez 6 pessoas me passaram na corrida toda e com certeza de equipes fortes. Não é mérito meu não. Peguei dois copos (um para reserva) mas na curva um caiu e furou não sobrando quase nada. Passei pela Curva do S em direção ao Pinheirinho onde tinha bastante fotógrafos. Nesta parte da pista senti o calor. Os pés esquentaram. Água na cabeça. Por sorte este trecho é descida e dá para descansar pra a próxima subida em direção ao Bico do Pato. Lembro que em 2008 durante a prova caiu o maior temporal (última volta), Hamilton ficou para trás dando o campeonato para Massa mas ele recuperou justamente neste trecho tirando nossa festa e ganhando seu primeiro título mundial. Imaginei a chuva e a habilidade dos pilotos. A pista é muita estreita e curvas fechadas.

Bom, a partir deste ponto o cansaço chega e adicionando o ingrediente sol tudo muda. No Mergulho último posto de abastecimento. Peguei uma água, a outra escapou da mão. Tarde de mais. Aliá este é o único senão da prova. Deveria ter mais um posto de abastecimento ou então este ficar mais longe pois restariam ainda 2,5 quilômetros para finalizar a prova. Passo pela Junção e a grande Subida dos Box. Gostaria de apreciar a paisagem mas olhei para o chão e pedi clemência aos deuses. Ainda passava por muitos corredores. Sei que tinha uma tenda com música  (será miragem ?). Às vezes olhava para cima para checar o fim da subida.

Passado o sofrimento da Subida dos Box relaxei e apreciei a Reta das Arquibancadas. Na TV tudo é diferente. Tudo é plano, tudo é pequeno. Esta reta é enorme e ondulada. Desce até a entrada dos box e depois sobe até antes do S do Senna. Assusta ver que você irá correr até o fim e voltar para pegar a subida da entrada dos box. Esta é foi outra surpresa. É uma subida de uns 500m para se chegar nos box. Mas vamos continuar. Agora é manter o ritmo pois falta pouco. 


O pior já passou. A visão deste ponto é maravilhosa. Quando passei pelos box deu para ouvir o grito do pessoal do CC que apoiava entusiasticamente. Quando finaliza a reta, é necessário voltar no sentido oposto para pegar a subida dos box (isto é um ponto ruim pois quebra o ritmo contornar os cones para voltar no sentido inverso). É uma descida onde aproveita o máximo as últimas forças. Ouvi o Halim gritar meu nome lá dos box. Na verdade neste ponto o esforço já foi tamanho que não dá nem para virar o rosto e ver o pessoal com medo de tropeçar. Novamente contornar os cones e último gás para passar pelo pórtico do revezamento e chegar no box para passar a munhequeira. É incrível mas vi gente contornando os cones bem antes só para ganhar tempo e diminuir o percurso. Brincadeira! Não faz sentido participar de uma prova e se auto-sacanear.


Entrando nos box procurando avidamente o de número 10. A equipe do CC que estava no box 7 ainda deu o último grito de apoio. Encontrei o Natan e passei a munhequeira. Fim. Ainda fiquei andando que nem louco de um lado para outro do box para voltar a respirar normalmente. Peguei o kit sobrevivente com maçã e banana e a medalha. Encontrei João já sentado em um canto. Fui até lá exausto, encharcado de suor e banho de água. Batemos um papo, conversamos com outros atletas. Missão cumprida.





Saí do box extasiado. Contente, cansado, molhado, com sede. Peguei mochila e subi para encontrar a turma que já havia corrido. Colocar roupa seca. Na confusão de troca esqueci da medalha. Por sorte encontrei no final.

Muito papo e fotos para contar a sua experiência. Faltavam entrar na pista ainda os oitavos corredores. Os sétimos deveriam passar por nós daqui a pouco. Me juntei aos outros amigos esperando passar para gritar seus nomes e incentivar. Dá um gás a mais para quem está correndo, pode ter certeza. Fiquei rouco. O último a passar foi o Renato e improvisamos uma ôla. Foi demais. Não sei se ele viu. Comentou depois que ouviu o grito da galera e como foi bom.

Fim de festa. Esperar os últimos corredores, bater mais fotos, chamar o ônibus e partir. Partir para Campinas cansados, com fome, sede mas contentes de poder participar de um evento como este.


Abaixo está o resultado das equipes que participaram do evento. Todos fomos campeões por um dia. Teve lágrimas, sofrimento, dor, cansaço mas acima de tudo uma sensação muito boa de ter podido participar desta festa.


Resultado: 5,5k em 31:19 no ritmo de 5:40

Esta medalha diferentemente das outras, ficará junto a minha coleção de Fórmula 1. Nada mais justo. Um local mais do que apropriado.








sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CPFL 100 anos Night Run




24 de novembro de 2012
CPFL 100 anos Night Run

Este post será curto. Semana agitada com corrida já no domingo, portanto vamos ao relato da prova.

Prova noturna é um astral a parte. Depois de um temporal (pelo menos para o lado da minha casa), São Pedro deu uma trégua e foi possível ir para o local.

A prova foi muito bem organizada, show. A arena confortável, com boa área para aquecimento, banheiros na medida, som de banda ao vivo, tudo para deixar o atleta tranquilo.

O Clube da Corrida tava em peso, pelo menos os fanáticos por prova ou que se inscreveram rapidamente no site. Como sempre descontração e divertimento garantido. Fotos nem se fala. Aliás é preciso sempre estar atento para não cometer nenhuma gafe porque com certeza será registrado.



Após aquecimento passado pela futura mamãe Fernanda,nos alinhamos na largada cada um com seu grupo de pace, aguardamos o sinal, que por sinal demorou um pouco e pronto. Largamos. Percurso diferenciado com subidas e descidas (nem tanto quanto T&F Galleria, mas também desafiador).

Passamos por algumas ruas bem escuras no início (CPFL, prefeitura, cadê a luz ?). Início em descida (500m) depois subida (500m) e descida até Lagoa Portão 1, volta completa com Arautos, subida (do Portão 1 até posto Shell) de 500m, reta e faltando cem metros mais uma subidinha difícil. Percurso gostoso mas trabalhoso.

Nos seis primeiros quilômetros mantive um ritmo proposto seguindo Rodrigo Vichi e Thiago e molhando a cabeça sempre que passando por um posto de abastecimento. Depois do sexto fiquei para trás. Quando finalizei Arautos um pé d´agua daqueles caiu sobre nós. Tá com sede. Abra a boca em direção ao céu. Muita água. Sempre quis correr com chuva e não poderia ter tido melhor estreia. Cansei no quilômetro 8,5. Deveria ter diminuído o ritmo mas mantive o mesmo resultando na necessidade de caminhar por uns 200m no meio da subida quando passou a Fran e deu aquele incentivo básico. Voltar a correr. Aparece a placa de 500m, 400m e mais nada. Daí 200m e a virada em direção a CPFL com uma última subida. Cansaço total. Fim de prova. A chuva tava tão forte que não tinha o que fazer. Pegar medalha, gatorade, um tremendo som feito pela banda e tentativa de achar os amigos (todos abrigados debaixo de uma tenda). 

Nesta hora só dá para pensar em banho quente e um bom vinho. Batemos os últimos papos e bóra pra casa.

Uma pena a chuva forte pois a prova foi tão bem organizada que merecia ter terminado com um pouco mais de brilho com todos festejando ao redor do som. Mas valeu a organização.

Meu tempo foi ruim, realmente esperava mais, estava tranquilo para a corrida, mas não funcionou. Fica para próxima. Acho que tem o emocional do final do ano. Estou cansado, realmente cansado.

Resultado: 10k em 58:37 no ritmo de 5:52

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Circuito Athenas - Etapa 3 - (10k/21k)


04 de novembro de 2012
Circuito Athenas – Etapa III – 21k

Finalmente chegou o dia esperado. A prova de 21k. Minha primeira meia maratona.

Já vou logo dizendo logo  que as coisas não terminaram como planejado ou pelo menos como eu gostaria que fosse. Fiz os treinamentos necessários (vários longões) sempre na companhia dos amigos do Clube da Corrida e senti que daria para terminar a prova em até 2:15 e sem necessidade de caminhar. Como estreia esse seria meu objetivo. Correr, ouvindo música, curtindo o percurso e sem o stress competitivo.

Infelizmente dez dias antes da prova senti uma fisgada no posterior da coxa o que considero o fator de ter atrapalhado o meu objetivo. Significou um treino de velocidade, um longão, um regenerativo a menos. Muito antiinfamatório e relaxante muscular. Quando voltei na quarta antes da prova corri sem dor, mas com as pernas pesadas. Foram 6k de treino onde senti o peso da semana parada, mas ainda assim confiante para a prova.

Como já publicado nos posts do Circuito Athenas a viagem para São Paulo é um show a parte graças a descontração de todos. Apesar de ter que acordar muito cedo (acredito que ninguém dormiu mais do que 4 horas) a expectativa e o bom humor estavam presentes. Como a maioria dos kits foram entregues no dia anterior, a confusão da entrega foi amenizada sendo possível relaxar pelo menos uns 30 minutos até a parada do Frango Assado com as luzes apagadas e incrivelmente sem barulho.

Após parada no Frango Assado, iniciamos a preparação final dentro do ônibus completando o lanche, colocando número de peito, passando bloqueador solar e lembrando dos itens a serem levados pela corrida. Parece simples mas é uma logística bem definida. Vale o check list na noite anterior. Certo coach ??

Desta vez chegamos cedo na arena o que deu tranquilidade (até demais) antes do início da prova. Ao entrar já encontramos o pessoal que dormiu em São Paulo e o clicar da máquinas fotográficas se iniciaram. Afinal não basta correr, tem que aparecer.


Após alongamento e aquecimento fomos para largada. Cada um se posicionando dentro dos objetivos planejados.

Liguei o som, aguardei a largada (deu tempo ainda de tirar mais fotos) e pronto. Agora é você contra você.


Larguei tranquilo com proposição de pace de 6:20 para chegar, completar a prova dentro do meu objetivo. Desta vez fiquei sem companheiro de ritmo visto que os outros também queriam melhorar suas performance. Acredito que foi mais um ponto negativo na minha trajetória.

Como já comentado nos posts do facebook, o trajeto onde você cruza com os mais rápidos é bacana pois sempre aparece aquela palavra de força. Menciono como campeãs imbatíveis neste quesito Pri Senatore e Andrea Conceição. Se elas economizassem os gritos teriam fôlego para muitos km. Na foto ao lado com um pouco de esforço dá para ver uma camisa azul bem no início da foto. Sou eu enquanto ainda tinha um mundo atrás de mim.

Atravessar a Ponte Estaiada foi muito legal. Apesar de cansativo é um diferencial. Esqueci de falar do tempo. Impecável para uma corrida. Nublado com frescor o que ajudou em muito os corredores. Se tivesse um sol o visual teria ficado melhor como na corrida da Etapa 2 onde vi o sol nascer atrás da Ponte. Atravessei a Ponte olhando a construção, no tipo do piso onde há variações de concreto e asfalto e imaginando se aquela coisa não cairia com tanta gente pulando. Tudo para distrair. Estas idas e vindas resultaram em 4 sobe e desce. Na segunda subida comecei a sentir uma pressão na bexiga muito forte. Procurei qualquer lugar mas só foi possível lá pelo quilômetro 13 no meio do canteiro da marginal. Na última subida precisei caminhar. Minha estratégia na corrida era posicionar entre Andrea que estava na frente e a Thiago e Caio que estavam atrás. Mas nesta subida a dupla me passou. Após alívio intenso retornei para pista ansioso pelo retorno posicionado pelo km 14. Neste ponto comecei a ficar muito cansado. E a cabeça começou a trabalhar contra.


Não era o fôlego mas sim  o peso das pernas. Incomodava principalmente a lombar e os glúteos. Pensei em cortar caminho e voltar várias vezes mas sei que me arrependeria amargamente. Fui intercalando 800m de corrida com 200m de caminhada. Em alguns momentos ficou meio a meio. O incentivo do povão que vem atrás é muito legal. Já que estamos conscientes que o nosso objetivo é finalizar a camaradagem na prova é muito grande. Toda hora passava alguém gritando “não podemos parar”, “força”, “já chegamos até aqui”. Realmente é uma energia muito positiva que te dá uma energia extra.

A partir do posto de hidratação do gatorade o martírio foi maior. Acho que o mesmo estava no km 16 ou 15. Os postos de gatorade e de água estavam um de frente para o outro. Isto significou água novamente somente a dois km do final da prova. Peguei o gatorade e enquanto caminhava bebendo fui empurrado por um corredor de Paulínia, Rodrigo, que no treino da quarta tinha se juntado ao Clube da Corrida. Deu uma força muito grande e levantou o astral e imaginei que terminaríamos juntos mas ele estava mais cansado do que eu e logo ficou para trás. Ainda falei de terminarmos juntos mas ele estava pior que eu. Bom , além das dores a sede apertou e deu desespero por água. Garganta muito seca. Sempre que passava por algum organizador pedia água e sempre logo ali na frente.  Água só dois quilômetros finais que continuavam extremamente longo. Parece que o quilômetro reto é mais longo.

Correndo e caminhando no limite até começar a ver as placas de metragem finais. Que desesperador. Estas placas mais me angustiam do que aliviam. Faltando 200m do nada apareceu o Rodrigo Vichi que me deu a força necessária para finalizar a prova correndo ao lado segurando meu boné e óculos e gritando. Foi alucinante. A emoção da superação (cansaço e dor) e decepção (não ter acontecido como planejado) transformaram-se em choro.  É difícil explicar esta confusão de sentimento. Mas é uma coisa boa. Novamente muito obrigado Rodrigo. Valeu demais.



Voltei para arena para encontrar o nosso grupo para nos parabenizarmos, tirarmos mais fotos, rir das dores e planejar as próximas corridas. Acho que formamos o maior grupo de corrida naquele dia. Não sei se isto foi registrado, mas aparecemos na foto do Patrocinador o que demonstra a força deste grupo.



Resumindo. Não foi o que eu esperava. Ainda tenho comigo um pouco de decepção, mas com aprendizado e bagagem necessária para próxima corrida. Quando cheguei em casa Mônica comentou que era muito desgaste e perguntou se iria ficar só nos 10k. Resposta: claro que não. Os 21k são desafiadores. Normalmente são corridas realizadas em lugares diferenciados. Vou continuar nos 21k sim. Pelo menos duas ao ano com mais preparação e com o desafio de bater nas duas horas no final de 2013.

No dia seguinte já não tinha dores, somente cansaço. Pronto para treinar novamente e já pensar nos desafios do próximo ano. Na quarta apesar da chuva rodei 45 minutos ao lado do Thiago e Ligeirinho, Glenn e Renato mais na frente. Foi muito tranquilo. Além do físico, agora tenho certeza que o psicológico (a pressão que eu mesmo criei) foram os fatores para que o resultado não fosse melhor. Lição aprendida.

Resultado: 21k em 02:21:37 no ritmo de 6:40

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Longão com Clube da Corrida na Integração






30 de setembro de 2012
Longão com Clube da Corrida na Integração – Lagoa do Taquaral

Este post vai para o Rodrigo Vichi que exigiu que fosse relatado as peripécias deste bando de loucos de camiseta azul.

Longão significa aquele treino de resistência com quilometragem acima das habitualmente percorridas. Como muitos do Clube da Corrida estão se preparando para 21k e corrida Maresias-Bertioga, este tipo de treino é altramente recomendável.

Venho fazendo os meus longos na companhia de amigos e aproveitando a corrida da Integração nosso coach propôs fazermos um longão de luxo aproveitando a infraestrutura da corrida da Integração.

Lindo dia de primavera e quase 20 corredores contando um americano se encontraram no Portão 7 do Taquaral. O proposto pelo coach foi de correr 4k todos juntos como parte de aquecimento e entrar no circuito da corrida logo após a largada. Saída do Portão 7 em direção a Caixa D´Agua do Taquaral, descendo pela rua do Portão 1 e entrando na corrida após pórtico da largada. A partir daí cada um por si, cada um no seu ritmo, no seu propósito.


Fizemos nosso aquecimento juntos, batemos papo, rimos muito e quase perto da largada começamos o treino. Foi uma pena não ter um fotógrafo. A rua ainda vazia e todos juntos trotando. Estávamos tão lento que Reinaldo comentava que aquele era ritmo dele de passear no Shopping. Nosso coach preocupou-se com tanta coisa que se esqueceu do seu carboidrato. Um trote descontraído mas puxado devido o percurso.

Tudo ok. Não para mim. Sabe aquele dia que você não devia ter saído de casa. Parodiando o filme Se Beber ...  Não Case, aqui vai minha versão para Se Beber ... Não Corra.

30 horas antes

Há mais de sete anos montamos a Confraria dos Sete com objetivo de nos reunirmos uma vez por mês para bater papo, degustar bons vinhos acompanhado de um excelente jantar. A do mês seria na minha casa e já pensando no longão realizamos a mesma na sexta-feira. Já acostumado a beber pensei que daria tempo suficiente para recuperação.




Foi uma verdadeira orgia gastronômica dentro do tema sulamericano. Vinhos potentes para acompanhar grelhados com corte argentino (chourizo, ancho). O jantar iniciou-se por volta das 9 da noite finalizando lá pelas 2:30 já do sábado.


No dia seguinte (9 da manhã) perda total. Tentei levantar da cama mas tudo girou. Dor no estômago, ânsia e diarreia. Cama para o banheiro. Banheiro para cama. Lá pelas onze consegui ficar em pé mas baratinado. Fui conseguir comer algo (macarrão) às 14 horas. Saí de casa até a padaria (comprar água de côco) e voltei. Deitei para ver TV e lá pelas 5 dormi (lógico) acordei para comer mais um pouco. Já me sentia melhor e lá pelas 8 da noite chamei uma pizza (mais uma idiotice na minha situação).

Acordei bem no domingo, uma dor na barriga, a mesma estava dura, mas pronto para corrida.

Voltando para corrida

Bem pode sentir a sensação de desconforto e debilitação minha. No nosso aquecimento já fui ficando para trás e já coloquei na cabeça que iria treinar sem esforço de tempo mas rodagem. Como eu disse ficamos juntos até quando passamos a largada (nesta hora estava passando um grupo militar) e aí cada um fez a sua história.

A minha foi de persistência e já pensando no fracasso do treino como ritmado. Fiquei com Bruno até o primeiro posto de abastecimento. Ali parei para hidratar e tomar um gel. Caminhei uns 100 metros e voltei a correr. Andrea passou e falou nos encontramos em breve (só depois do final do treino que eu a vi novamente). Estava sempre na frente mas estava muito mal e não conseguia aproximar. Me arrastava, porém mesmo mal, as subidas foram sagradas e nestas não podia parar. De tanto treinar morro estas subidas já não são mais complicadas. Basta ajeitar o corpo, diminuir passada, manter ritmo e não olhar muito pra frente não. Chegando na Miami, parei novamente para beber água, caminhei mais um pouco e ladeira abaixo. Entrei na conversa de dois caras de Cosmópolis e viemos conversando até o Portão 7 (de onde largamos). Nesta hora o conjunto tocava Simon & Garfunkel. Detalhe:no percurso havia bandas, som nas casas dando um colorido diferenciado. Peguei a descida embalado mas lá no cartódromo tive que parar para amarrar o tênis. Acaba com a gente. Voltar ao ritmo cansado é demasiado. Continuei até para novamente no terceiro posto de abastecimento. Neste trecho a Lagoa estava bem congestiona, corredores e a população normal de um dia de domingo. Cansado como estava não fiz a Arautos cortando antes terminando a prova quando o Garmin apontou 15k, 300m antes do Portão 7. Vim conversando com Luciano que também estava exausto.

Ví que a turma toda já estava lá e muito animada pelos tempos conseguidos. Tenho certeza que todos ficaram muito satisfeitos com o treino. Alegria e cansaço geral, mas vi pelos comentários como um puxou o outro em momentos da corrida, como foi importante ver uma camiseta azul na frente para ditar o ritmo. Para mim ficou um gostinho amargo de não ter podido participar desta “festa”, mas como dizem os jogadores de futebol: fiz meu melhor, venho de um tempo parado, contusão, etc, etc.

Mas é assim mesmo, nem todo dia é seu melhor dia. Mas se aceitar um conselho:
 Se beber .... Não corra.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fila Night Run


23 de setembro de 2012
Fila Night Run – Lagoa do Taquaral

O mês de agosto e setembro não foram favoráveis à prática da corrida. Tempo quente, muito seco, poluição, queimada. Mesmo assim treinei com todas as forças preparando-se para os 21k de novembro. Como última prova antes do desafio, me inscrevi na Fila NIght Run. Prova noturna ao som de muita música e um grande número de participantes o que deixa qualquer prova mais contagiante.

Com o início da Primavera veio a tão sonhada chuva e até mesmo um vento gelado deixando o ar bem mais respirável. Veio de mansinho na quinta-feira, persistiu toda sexta o que já deu para imaginar uma corrida debaixo de chuva no sábado a noite. Mas com este tempo maluco, sábado amanheceu com sol, céu azul e ligeiramente frio. Perfeito para uma corrida.

Já comentei em outros posts que correr a noite não é fácil pois você fica o dia todo se resguardando, pensando na alimentação correta, não andar demais, o verdadeiro chato para a família. Não foi diferente desta vez. A vontade era chegar logo e fazer a prova e então relaxar bebendo um bom vinho.

Para mim é a última prova de 10k do ano e apesar de já ter conseguido meu intento de 55 minutos, queria repetir o tempo no Taquaral. Isto me deixou mais ansioso.
Material separado, alimentado devidamente, bora para prova.

Frio. Frio, vento gelado. Para correr perfeito.

Ao caminhar para Arena, passando pelo portão principal do Taquaral logo debaixo da ponte, achei estranho as placas de indicação: placa de 5k e placa de faltam 500m lado a lado. Como assim? Entrando na arena também vi que a largada iria sair de dentro e não na rua como todas as outras provas. Conversando com os amigos me explicaram que a prova teria uns 400 metros a mais. Lá se foi a esperança de ter o tempo registrado nos 10k oficialmente. Pelo menos não teria menos de 10k!






O Clube levou umas 90 pessoas para corrida e como sempre, muito bate-papo, definição de estratégias, fotos e descontração. Fizemos o aquecimento no espaço possível e fomos para largada.


A largada foi de dentro da Arena. Portanto uma subida logo de início. Antes de cruzar a linha existia uma tenda com música e luzes para entrar no clima. Talvez por isso nem ouvi ou vi a largada. Demorei uns 4 minutos para cruzar a linha.

Percurso conhecido, estratégia definida. Correr na casa dos 5:30 para fechar em 55 minutos. 
O início foi difícil. Muita gente. Necessidade de cortar aqui e ali. Larguei com Edson, Julio e Nista. Ficamos juntos por um tempo e depois nos separamos. O fluxo fluiu lá pelo 3º quilometro. Consegui manter um ritmo consistente como planejado porém acima do esperado. Descida ou subida o ritmo era o mesmo. Nas passagens de água (sempre geladas), bebia um pouco e jogava o restante na cabeça o que me deixava aceso (cheguei ensopado no final da corrida)

Muito tempo não corria tão tranquilo. Com certeza o tempo ajudou. Para mim foi a corrida perfeita. Dono do pace, sabendo o que estava fazendo, sem a ansiedade de final da prova. Passei pelos 5k tranquilo. Neste momento já diminuiu em muito a quantidade de atletas o que ficou mais fácil o percurso. Faltou o iPod. Acho que a música teria ajudado ainda mais o ritmo. No km7 ingeri um carboidrato por garantia e acelerei um pouco. Fiz a subida do portão 5 com tranquilidade e com força para acelerar no último km. Conhecer o lugar da prova é privilégio. Os treinos da semana ainda bateram com os pontos de aceleração o que facilitou em muito a prova. Quando passei pela ponte e entrei no contorno da Arautos em direção ao final o caminho estreitou o que prejudicou um pouco. Quando saí deste trecho e voltei para rua em direção à linha de chegada muita gente caminhando o que me deixou mais confuso. Parecia que a prova já tinha terminado. Desviei o que podia e diminui na descida da chegada. Cansei. Terminei exausto. Os dois últimos quilômetros foram acelerados. Fazia contas na cabeça para saber se passei pelos 10k em um bom tempo. De volta para tenda muito papo sobre a prova.

Missão cumprida. Apesar de não ficar registrado o tempo para 10k (a prova teve 10,430 m), noves fora, bati meu “Record pessoal mundial” como dizem os amigos. Esforço pessoal, treino com os amigos, orientações do coach tudo para um final feliz. Fiquei muito contente. Só faltou o registro cravado, mas nem tudo é perfeito. Sábado sim, perfeito.

Agora é continuar com os treinos e longões dos fins de semana para os 21k.

Resultado: 10,430m em 00:56:57 no ritmo de 5:28

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Corrida da Ponte


 2 de setembro de 2012
Corrida da Ponte – Norte-sul, Estádio Moisés Lucarelli


Mais uma corrida teste.

Meu principal objetivo para este segundo semestre é completar uma meia-maratona. 

Exatamente daqui a dois meses. Tempo passa rápido e todo treino é importante para preparação.

Reduzi ao máximo a participação em provas justamente para poder fazer longões para treinar resistência.

Nos treinos estamos dando ênfase a velocidade e morro portanto é importante selecionar fins de semana para os longos.

Como preparativo participei da Corrida da Ponte. Como não correr uma prova realizada pelo seu time e ainda mais finalizar dando uma volta no gramado para cruzar a linha de chegada. Tremendo marketing. Não tinha como participar. Portanto mais uma prova teste só que ao contrário da última (ver último post) controlar melhor a velocidade inicial para manter uma média constante sabendo que teria morro no km 3,5 (ferradura), km 7 (Hotel Vitória) km 9 (Airton Senna até o estádio).

Dia quente apesar do horário e muito seco.

Cheguei cedo com a família no estádio aproveitando para tirar fotos. No mar branco e preto a cor azul apareceu ao longe na arquibancada e lá encontrei nossa turma. Claro que na maioria pontepretanos. Papo rápido, cada um fez seu aquecimento e posicionamento para largada.

Como não poderia deixar de ser, a largada foi dada com sirene mais o grito de PONTE, PONTE. Corri ao lado do meu primo Fábio na intenção de fazer na casa dos 57 minutos.
Início um pouco conturbado, atropelamentos, corta aqui e ali, mas chegando na Princesa do Oeste já com fluxo para correr tranquilo. E assim foi a prova. Percurso já conhecido pela Norte-sul. Desta vez pegando a subida da ferradura no km 3,5 o que é bem mais fácil do que nas provas terminando no Taquaral onde este ponto geralmente é o penúltimo quilômetro da prova.

Consegui manter o ritmo de 5:30 por todo o caminho até o km7 onde o cansaço pegou um pouco e tirei um pouco pé. Mesmo tomando carboidrato cansei um pouco diminuindo para 6:00/km o ritmo até o km 9. A subida final foi dureza principalmente perto do estádio onde tem ainda mais um nível de inclinação até chegar ao gramado. Para aguentar pensei nos atletas olímpicos e paralimpicos,nos sacrifícios, qualquer coisa para aliviar o cansaço. 

Quando entrei no estádio vi a família chegando da caminhada tranquilos e eu quase saindo do corpo. Contornei o campo olhando quanto ainda estava longe a linha de chegada. Entrei na reta final e dei o último gás para cruzar abaixo dos 57 minutos pretendidos. Exausto mais contente. Meta alcançada.

Demorou uns longos 5 minutos até voltar ao normal. Esperei a família chegar e batemos mais fotos com nossa turma.

Antes da corrida já estava reclamando do kit ofertado que na verdade não existia. No dia da retirada foi dado a camiseta, o chip e o número de peito. Mas após pegar a medalha foi dado uma sacola com DVD e chaveiro da Ponte tornando um kit muito especial.

Glen, Luis, Halim e Bruno
A prova foi muito boa. Na minha opinião faltou mais um posto de hidratação agravado pelo calor e secura. O percurso tem subidas de níveis diferenciados, boas retas e descidas e já prometeram uma segunda edição para 2013.

Resultado: 10km em 00:56:39 no ritmo de 5:40

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Correr e Caminhar – Etapa Sanofi




19 de agosto de 2012
Correr e Caminhar – Etapa Sanofi Diabetes – IAC - Campinas

Este post será rápido.

Minhas últimas corridas relacionaram-se a bater record pessoal 10k, resistir 16k, curtir Centro Histórico de São Paulo. Esta foi para treinar, descobrir meu limite.

A corrida foi no IAC de Campinas, local muito agradável onde já treinei algumas vezes. Manhã de domingo quente e muito seco. Largada 9 da manhã. Percurso em asfalto e terra.

Tudo que você paga por uma boa prova esta tinha. Pode-se considerar um prova honesta. Bag, camiseta, medalha, infraestrutura muito boa. Por estar calor faltou na prova um posto a mais hidratação.

Uns vinte corredores do Clube da Corrida estavam lá e fizemos nosso alongamento e aquecimento juntos.


O percurso e altimetria aqui mostrados me levaram a montar uma estratégia suicida. Os primeiros 7k são em declives e retas e os 3k finais em subida. Por considerar um treino correria o máximo que aguentasse verificando meu limite e com o que sobrasse de força “sobreviver” nos 3k finais e chegar.


Dado a largada pratiquei o planejado. Corri no pace de 5 até entrar na terra (por volta do 3,5k). Neste primeiros quilômetros corremos entre árvores e um campo de trigo muito bonito (parecia cena do Gladiador). Quando entramos na terra a respiração ficou pior devido a poeira. Ainda teve trechos difíceis de descida onde o cuidado era redobrado para não torcer o pé. Por volta do 5k Halim me passou e compartilhou um copo de água que caiu muito bem.

Entre o sexto e sétimo quilômetro senti o esforço empregado. A sensação é de todas as forças estão te abandonando. Foi nesta hora que demos voltas em um cafezal. A vontade era de deitar ali. Já senti cansaço mas igual a este nunca. Me arrastei até o próximo ponto de hidratação (7,2k), parei, ingeri um carboidrato, água, andei alguns metros e voltei a me arrastar. Incrível. Já não tinha nenhuma energia. Nem vi a placa dos 8k. Quando cheguei na pior subida já saindo da terra, caminhei mais um pouco e somente quando passei pela placa dos 9k voltei a correr terminando a corrida em 59 minutos.

Como tempo de prova foi uma decepção, mas como o objetivo foi o de testar meus limites, esta prova me deu bons parâmetros. Não acredito que o clima afetou o desempenho não. Foi realmente o ritmo forte que eu imprimi nos primeiros 5k. Normalmente nos treinos consigo percorrer até 2k abaixo de 5:20 com muito sacrifício. Se tivesse optado pelos 5k talvez fizesse o meu melhor tempo.


Foi uma corrida com bons aprendizados e me ajudou em muito a pensar em adquirir velocidade nos treinos para manter um bom ritmo por mais tempo.

Resultado: 10km em 00:59:24 no ritmo de 5:56