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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Longão com Clube da Corrida na Integração






30 de setembro de 2012
Longão com Clube da Corrida na Integração – Lagoa do Taquaral

Este post vai para o Rodrigo Vichi que exigiu que fosse relatado as peripécias deste bando de loucos de camiseta azul.

Longão significa aquele treino de resistência com quilometragem acima das habitualmente percorridas. Como muitos do Clube da Corrida estão se preparando para 21k e corrida Maresias-Bertioga, este tipo de treino é altramente recomendável.

Venho fazendo os meus longos na companhia de amigos e aproveitando a corrida da Integração nosso coach propôs fazermos um longão de luxo aproveitando a infraestrutura da corrida da Integração.

Lindo dia de primavera e quase 20 corredores contando um americano se encontraram no Portão 7 do Taquaral. O proposto pelo coach foi de correr 4k todos juntos como parte de aquecimento e entrar no circuito da corrida logo após a largada. Saída do Portão 7 em direção a Caixa D´Agua do Taquaral, descendo pela rua do Portão 1 e entrando na corrida após pórtico da largada. A partir daí cada um por si, cada um no seu ritmo, no seu propósito.


Fizemos nosso aquecimento juntos, batemos papo, rimos muito e quase perto da largada começamos o treino. Foi uma pena não ter um fotógrafo. A rua ainda vazia e todos juntos trotando. Estávamos tão lento que Reinaldo comentava que aquele era ritmo dele de passear no Shopping. Nosso coach preocupou-se com tanta coisa que se esqueceu do seu carboidrato. Um trote descontraído mas puxado devido o percurso.

Tudo ok. Não para mim. Sabe aquele dia que você não devia ter saído de casa. Parodiando o filme Se Beber ...  Não Case, aqui vai minha versão para Se Beber ... Não Corra.

30 horas antes

Há mais de sete anos montamos a Confraria dos Sete com objetivo de nos reunirmos uma vez por mês para bater papo, degustar bons vinhos acompanhado de um excelente jantar. A do mês seria na minha casa e já pensando no longão realizamos a mesma na sexta-feira. Já acostumado a beber pensei que daria tempo suficiente para recuperação.




Foi uma verdadeira orgia gastronômica dentro do tema sulamericano. Vinhos potentes para acompanhar grelhados com corte argentino (chourizo, ancho). O jantar iniciou-se por volta das 9 da noite finalizando lá pelas 2:30 já do sábado.


No dia seguinte (9 da manhã) perda total. Tentei levantar da cama mas tudo girou. Dor no estômago, ânsia e diarreia. Cama para o banheiro. Banheiro para cama. Lá pelas onze consegui ficar em pé mas baratinado. Fui conseguir comer algo (macarrão) às 14 horas. Saí de casa até a padaria (comprar água de côco) e voltei. Deitei para ver TV e lá pelas 5 dormi (lógico) acordei para comer mais um pouco. Já me sentia melhor e lá pelas 8 da noite chamei uma pizza (mais uma idiotice na minha situação).

Acordei bem no domingo, uma dor na barriga, a mesma estava dura, mas pronto para corrida.

Voltando para corrida

Bem pode sentir a sensação de desconforto e debilitação minha. No nosso aquecimento já fui ficando para trás e já coloquei na cabeça que iria treinar sem esforço de tempo mas rodagem. Como eu disse ficamos juntos até quando passamos a largada (nesta hora estava passando um grupo militar) e aí cada um fez a sua história.

A minha foi de persistência e já pensando no fracasso do treino como ritmado. Fiquei com Bruno até o primeiro posto de abastecimento. Ali parei para hidratar e tomar um gel. Caminhei uns 100 metros e voltei a correr. Andrea passou e falou nos encontramos em breve (só depois do final do treino que eu a vi novamente). Estava sempre na frente mas estava muito mal e não conseguia aproximar. Me arrastava, porém mesmo mal, as subidas foram sagradas e nestas não podia parar. De tanto treinar morro estas subidas já não são mais complicadas. Basta ajeitar o corpo, diminuir passada, manter ritmo e não olhar muito pra frente não. Chegando na Miami, parei novamente para beber água, caminhei mais um pouco e ladeira abaixo. Entrei na conversa de dois caras de Cosmópolis e viemos conversando até o Portão 7 (de onde largamos). Nesta hora o conjunto tocava Simon & Garfunkel. Detalhe:no percurso havia bandas, som nas casas dando um colorido diferenciado. Peguei a descida embalado mas lá no cartódromo tive que parar para amarrar o tênis. Acaba com a gente. Voltar ao ritmo cansado é demasiado. Continuei até para novamente no terceiro posto de abastecimento. Neste trecho a Lagoa estava bem congestiona, corredores e a população normal de um dia de domingo. Cansado como estava não fiz a Arautos cortando antes terminando a prova quando o Garmin apontou 15k, 300m antes do Portão 7. Vim conversando com Luciano que também estava exausto.

Ví que a turma toda já estava lá e muito animada pelos tempos conseguidos. Tenho certeza que todos ficaram muito satisfeitos com o treino. Alegria e cansaço geral, mas vi pelos comentários como um puxou o outro em momentos da corrida, como foi importante ver uma camiseta azul na frente para ditar o ritmo. Para mim ficou um gostinho amargo de não ter podido participar desta “festa”, mas como dizem os jogadores de futebol: fiz meu melhor, venho de um tempo parado, contusão, etc, etc.

Mas é assim mesmo, nem todo dia é seu melhor dia. Mas se aceitar um conselho:
 Se beber .... Não corra.


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