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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Correndo com minha filha

Corrida Night Run
Campinas, 14 de setembro de 2013

O relato desta corrida está baseado muito mais na emoção de um pai correndo com a filha pela primeira vez do que como um corredor.

Há tempos que queria participar de uma prova com Isabela. Não acompanhei seus treinos mas sabia que no final de tarde sempre trotava pelo condomínio. Dava alguns conselhos do que fazer mas nada muito técnico. Após a Corrida da Ponte, onde ela correu quase 5k, ví que tava na hora de participar de uma corrida. No calendário de uma jovem que vai prestar vestibular este ano, a Corrida Night Run apareceu em boa hora.

Na semana que antecedeu sugeri alguns treinos mas uma bolha no pé impediu de executar. Já fiquei aflito achando que não conseguiria correr na noite de sábado.

A relação que se forma em torno da prova é muito interessante. Experiência versus juventude,
técnico versus atleta, pai versus filha. È difícil explicar. Somam-se todas estas relações e cria um resultado muito forte. Na minha cabeça o mais importante era finalizar a prova sem ela parar. Claro que você idealiza tempo de prova. Imagina que se sair leve depois dá para recuperar na descida e tal e tal e tal …. você sonha com pódio. É uma loucura.

Fomos cedo para o Taquaral para estacionar tranquilamente e pegar o chip. Tudo é feito junto. Tudo tem que ser explicado. Ainda deu tempo de passar pela tenda do Clube da Corrida. Sabia que ali teria nossas fotógrafas de plantão: Kely e Pri. Era o próprio pai coruja orgulhoso de estar ali com a filha e precisava de fotos para registrar. Era o momento dela, mas o meu também.

Saimos da tenda e fui mostrar a arena e nos posicionamos próximo ao palco de premiação para aquecimento. Finalizado, fomos para a largada e ficamos lá atrás. Aproveitei para aquecer com trotes e alguns tiros. Minha preocupação era de entrar quente na corrida. Após fomos nos posicionando mais a frente para não largar lá atrás. Mesmo assim passamos pela largada com 6 minutos após início da prova.

Com a emoção e o coração na boca largamos para o nosso 5k. Muitos participantes na corrida o que impedia de correr forte. Por um lado foi bom pois ajudava a manter um ritmo bem tranquilo. Durante toda prova ia falando e checando se ela estava bem. Por conhecer o percurso sabia exatamente onde tirar o pé e onde correr um pouquinho mais. Mas a corrida era dela, o ritmo era dela. A noite estava quente e na pista muito mais. Passamos tranquilos pelo portão 7 e me adiantei para pegar água para nós enquanto ela corria. Descida do cartódromo e primeira subida em direção ao portão 5. Sempre falando quando abaixar o ritmo e quanto tempo para acabar. Descida no portão 5 e início da grande subida. Seria a definição da corrida. Se conseguisse subir sem parar a noite estava ganha. Ritmo baixo, Isa vermelha de esforço. Quando chegamos no topo ainda falei se queria dar uma andada mas optou por continuarmos a descida no trote. Pronto. Falei para ela que agora era só diversão. E continuamos em um ritmo tranquilo, para mim pelo menos. Subida de 400m perto do portão da guarda em direção a Concha Acústica, sempre lembrando que era a última subida. Quando acabamos relaxamos um pouco no trote e inicamos a descida até o portão 1. Neste momento sugeri acelerarmos um pouco mas dentro da possibilidade. Agora faltava muito pouco e a todo momento lembrava ela. Força. Passamos pelo tunel próximo da chegada e pegamos o lado esquerdo para finalizar a prova. Emoção total. Olho no Atleta para registrar o momento e cruzamos a chegada de mãos dadas muito contente. Emoção para ambos.

Descansar, hidratar, voltar para a tenda, bater papo com os amigos e tirar mais uma foto. Hora de voltar para casa.

Foi a primeira prova oficial dela e espero que de muitas. Espero poder acompanhá-la por muitos anos em corridas curtindo esta relação toda especial.

Beijão Bela.
Papis

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

5ª Corrida de Rua Gazeta de Piracicaba e Onda Livre FM

Entrando em agosto desisti de participar do team performance. Apesar de aprovar a proposta, cansei. Comecei a pensar em muito sobre minhas reais condições físicas pois a idade pesa e para correr perto dos amigos mais dedicação seria preciso. A gente fica mais cansado, não tem jeito. A correria não é só na pista. É também no trabalho, nas relações sociais e familiares. Conciliar tudo não é fácil. Fico contente quando vejo meus exames e verifico que o coração está mais eficiente o que por uma lado me incentiva a continuar correndo. Talvez correr para saúde, pela diversão de estar com os amigos (pelo menos na largada e depois da prova já que no percurso está difícil). Para este segundo semestre somente provas com alguma característica diferenciada. Dentro desta proposta agendamos uma Corrida para Pira. Enquanto uns amigos foram para Meia-maratona do Rio de Janeiro, nós fomos para os 10k do Rio (do Rio de Piracicaba).



5ª Corrida de Rua Gazeta de Piracicaba e Onda Livre FM
Piracicaba, 18 de agosto de 2013

Continuei cansado nos treinos. Não consegui mais render. Talvez a secura do tempo contribuísse para tanto mas no fundo faltou motivação. E esta falta de motivação ficou maior quando soube que o João Augusto não mais correria com a gente por problemas no joelho. Corremos e treinamos juntos durante dois anos, ficamos bons amigos, conquistamos alguns recordes mundiais pessoal e a ausência de sua companhia me deixou bastante chateado.

Como ele já tinha se inscrito para esta corrida resolveu participar mesmo sem treino e condições adequadas. Coloquei que correrríamos juntos (incluindo renato Divino), celebrando não o afastamento, mas o período que treinamos, rimos e nos divertimos. E com este espírito embarcamos rumo a Pira. O grupo se completou com Márcia, Natália e Edson.

Chegamos cedo em Pira e deu para curtir a preparação da corrida. Muita gente e muitas assessorias presentes. A largada foi no final da Rua do Porto. Minha estratégia e do Renato para a prova era seguir o João. Seria uma corrida de lembranças, fofocas e muita risada. Largamos lá no final e fomos tranquilos conhecendo as ruas de Pira. O percurso é muito gostoso com subidas suaves durante um trecho até chegar a beira do rio. Não deveria nem ter levado o relógio. Nosso tempo era o tempo do João. Ele superou-se pois para quem há muito não corria e com dores no joelho enfrentar 10k não é fácil. E assim foi a corrida até seu final: tranquila. Para mim foi emocionante. Cruzamos juntos a chegada com o pessoal nos esperando. Não foi uma corrida foi uma despedida temporária de um amigo nas pistas.


Esta prova me fez pensar muito sobre corridas. Talvez uma das provas que eu mais curti. Talvez nem poderia chamar de prova mas de um daqueles longões que tanto realizamos no passado saindo do portão 7, entrando na Brigada e retornando. Na corrida tem espaço para vencer limites de resistência ou velocidade mas também tem espaço para correr por correr. A opção é sua ….. e o valor da inscrição também.


Após corrida, Rua do Porto. Aliás uns 100 metro de onde estávamos. Literalmente abrimos o restaurante por volta das 10:30. Caipirinha, cerveja até chegar o resto da turma. No cardápio do almoço: peixe filhote.

Muito bom correr em Pira, bom demais. A organização da prova foi muito boa e o kit muito honesto e é muito bom correr em lugares diferentes conciliando a prova com um encontro etílico e gastronômico.


Resultado final: diversão, emoção, amizade

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Corrida da Ponte 10k

Na sequência da Golden corri a Corrida da Ponte 10k. È incrível como não aprendemos com nossos erros. Deveria descansar mas resolvi correr sem nenhuma pretensão, mais por diversão. Só que chega a prova e você se considera um super atleta e daí … pau.
 
Corrida da Ponte 10k
Campinas, 4 de agosto de 2013

O dia amanheceu azul, quente e seco. Desta vez a família veio junto. Mônica e Lucia Helena fizeram caminhada, Isabela e Gustavo correram 5k e eu fui para os 10k.

Pouca gente na prova, mas como o percurso é gostoso vamos nessa. Além do mais é do time do coração. Largada em descida até a Princesa d´Oeste continuando em reta pela Norte-sul pegando a subida para o balão do Taquaral, descida até a ponte e retorno pelo mesmo caminho em direção ao campo da Macaca.

Saímos juntos eu, Juninho, Pri, Espanholeto, Bruno, Alexandre Bravo e Júlio. Logo Juninho, Alexandre e Júlio dispararam, e os demais correram bem próximos. Terminei os primeiros 5k bem mas quebrei nos 7k. Faltou um posto de água no km 7. O tempo estava seco e senti muito. Nada como a soliedariedade de corredor. Foi só acabar de falar cadê a água e um cara que passou por mim ofereceu um copo. Salvou a prova. Neste trecho corri junto com Pri e Espanholeto que nos deixou no km 6. Continuamos eu e Pri até a subida final onde caminhei nos metros finais completamente exausto. Força somente para finalizar dentro do campo.

Entrar no campo é outra emoção (pelo menos para os pontepretanos). Soltei as pernas e corri como se estivesse em uma prova de atletismo. Fui recompensado pela foto do Juninho. Como disse no início, foi mais uma prova festeira. Daquelas que poderia ser uma conquista se ficasse nos 5k. Depois da Golden o corpo ainda sentia e o descanso seria mais prudente. Mas todos da família se divertiram e minha Isabela fez sua primeira corrida extra oficial.

Apesar de pontepretano achei uma prova muito cara pela qualidade do kit. Aprenderam que deveriam utilizar outro tecido para camiseta mas não acertaram no tamanho. Outro ponto: o design da camiseta do ano anterior era mais bonita e deveria ser mantida. Esperava uma camisa com as cores da ponte. Quem sabe na próxima. Como falei faltou água no km7. Posicionaram mal este posto e visto que o tempo estava quente e seco deveriam levar isto em conta na organização.

Mais emoção quando soubemos que nossa amiga Rafa havia pego pódio. Ficamos na expectativa até ouvirmos o tempo da terceira colocada. O tempo de Rafa era menor. Resultado: 2º lugar. 


Resultado final: 10k em 1:00:18 com pace de 6:02

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Golden Four Asics 21k - Etapa São Paulo



Golden Four Asics 21k – Etapa São Paulo
São Paulo, 28 de julho de 2013

Tudo pronto para a prova alvo do ano. Correr os 21k por volta de 2 horas e 10 minutos (com a esperança de se ser menor). Foram quase 300km rodados divididos em fartleks, intervalados e longões durante os meses de maio, junho e julho.

Todos do Clube que iriam participar treinaram muito para este dia. Muitos dos treinos, principalmente os longões, realizamos juntos. Meus grandes parceiros foram Renato Divino que treinava para Maratona de Porto Alegre e o João Augusto. Foram treinos pesados mas divertidos com muita conversa fiada.

O mês de julho foi excepcional com temperatura sempre alta e muito agradável para correr. Dificilmente fez frio. Mas o frio tinha que chegar e quando chegou veio com a sensação polar. E por esta razão às 20:00 do sábado procurava por uma segunda pele para enfrentar o frio da manhã seguinte.

Fui para cama cedo e consegui dormir bem. Acordei, um frio terrível, e fui para Lagoa do Taquaral,  nosso ponto de encontro. Lá já tinha algumas almas vagando todos devidamente encapotados.
Aí a rotina já conhecida. Entrar no ônibus, dormir até o Frango Assado, fazer um lanche, retornar para o ônibus, preparar o material (óculos, gel, boné ou viseira, som, meia de compressão) pensando no frio e concentrar.

Erramos o caminho já na Marginal e para voltar ao ponto correto perdemos uns 20 minutos. Saltando do ônibus, por volta das 7 da manhã, o frio estava intenso. Nos dirigimos até a arena montada e muita confusão e fila para deixar os pertences no guarda-volume. Tivemos que deixar com nosso coach pois do contrário perderíamos a largada. Cada um aqueceu como pôde e fomos para largada. Aí o pessoal se dispersou de acordo com suas pretensões de tempo se posicionando em turmas.
  

Na largada o calor humano prevaleceu e deu até para esquecer que estava frio. Mas foi começar a dispersão para mostrar que ele estava lá gelando cada pedaço do corpo e da alma.

O percurso é agradável e plano com longas retas o que às vezes dava um desespero. Organização perfeita com postos de água e gatorade a cada 3k. O legal de corrida com percursos onde existe uma ida e vinda é que você vai encontrando os amigos mais rápidos e os incentivos são grandes. Pela primeira vez corri dentro da USP (tão famosa dos Paulistanos). Longos 3 km de reta. Logo na largada ficamos em um grupo de 8 corredores mas à medida que corríamos fomos nos separando. No quilômetro dois encontrei a Grazi e fomos juntos até o fim. Já comentei em alguns posts que existem anjos da corrida que nos ajudam a finalizar as provas difíceis. No Clube da Corrida temos o privilégio de termos alguns. A Grazi se encontra neste grupo. Por estar melhor preparada ajudou, incentivou e doou o seu tempo para que eu pudesse completar o meu. Tenho muito que agradecer. O mesmo fez a Pri Senatore correndo e incentivando a Fer Raf a finalizar sua primeira prova de 21k. Muito obrigado a vocês.



A prova foi tanquila até os 12k. Quando não encontrei a água no km 12 desesperei. A mesma foi colocada no km 13,5. Apesar do frio a hidratação era constante e necessária. A partir daí o ritmo caiu. Ainda lembro de corrermos ao lado de um cara fantasiado de “palhaço”. Como ele mesmo dizia: “ eu sou um incentivo para os corredores … ninguém quer sair na foto correndo atrás de um palhaço”. Tinha toda razão. No km 14 andei por uns 50 metros, bem na volta do caminho para a USP. Aí já corria no sofrimento. Novamente concentração zero. Crio mentalmente barreiras e eu vou de encontro com toda força. Parei no km 18 para refrescar e tomar água para ter as forças necessárias para os últimos 3k. Muito cansado. Já nem olhava relógio. Nesta hora o sol saiu e veio com tudo.
 
Corremos os últimos 3k e entramos no Jóquei em direção a chegada. Exausto. Cruzei a linha e já parei para sentar. Caimbra até no glúteo. Contente pelo desafio mas triste pelo tempo. Fiquei ali por um bom tempo recuperando. Na saída encontro com outros amigos para tirar foto. A minha amiga anjo ainda com forças voltou no percurso e foi reforçar a Pri com a Fer Raf. Sua chegada foi comemorada por todos. Parece que foi uma conquista de todos, um grito de gol. Tremenda superação.


Já no descanso o sol brilhava. Era hora de tirar todo o excesso de roupa da corrida.


Correr 21k é uma experiência impar. Não é fácil. É desafiador, exige concentração, treinos de resistência e muito foco. Não foi desta vez que eu consegui meu tempo mas vou continuar tentando. 

Acho que todos que participaram da prova ficaram contentes. Cada um dentro dos seus limites "voou". Chegando em Campinas, um forno. Nada comparado aquele frio matinal de São Paulo. Inacreditável. 

Resultado final: 21k em 2:18:58 com pace de 6:32


Intermezzo




Os posts estão atrasados. Já tinha desistido de continuar a escrever, talvez pelo cansaço do dia a dia talvez pelos últimos resultados (longe do esperado). O que esperar da corrida ? O que eu quero da corrida ? Estas perguntas não deixaram de me acompanhar por todo este tempo de silêncio.

Numa proposta de melhorar meus tempos participei de um programa de performance do Clube da Corrida o que me ajudou em muito mas se por um lado melhorava fisicamente por outro fiquei sem a convivência dos amigos do próprio Clube visto que a maioria dos treinos era solitário. Com a intensidade dos treinos, uma melhora na alimentação, suplementação e até mesmo musculação foram necessários mas a inclusão de todos estes itens no dia a dia mostrou-se, pelo menos por hora, impossível. Continuei nesta toada visando uma melhor performance na Golden Four 21k, mas o desgaste foi grande.

Neste interim participei de duas provas (descritas abaixo) e mantive os treinos de velocidade nas segundas e quartas e longão nos finais de semana.


Track & Field Galleria
Campinas, 16 de junho de 2013
Esta prova é desafiadora. Descidas e subidas. Tem que estar preparado. Fui cansado e não muito estimulado. Chegando na barraca do Clube, pela primeira vez não encontrei os amigos com quem sempre corro. Muita gente nova o que agravou meu desânimo. Gosto do bate-papo de sair ao lado dos amigos mas não foi possível. Nem mesmo o aquecimento ocorreu.

A minha corrida foi um desastre. Deveria ter feito somente os 5k mas como precisava continuar na quilometragem da semana fui para os 10k e quebrei. Fechei bem os 5k mas na continuação andei pelo menos três vezes. Sabe quando você simplesmente dá o “foda-se” para tudo e passa a caminhar. Aí intimamente é o pior, porque me cobro muito e não conseguir fechar o percurso pelo menos trotando, acaba com minha moral.

Recebi a medalha de participação sem nenhum mérito. Está escondida no meio das outras. Prova para não ser lembrada ou talvez ser lembrada como um exemplo do que não fazer.

Resultado final: 10k em 1:01:51 com pace de 6:11


Série Delta – Etapa Japão
Campinas, 7 de julho de 2013
Correr ao redor da Lagoa do Taquaral não é nem um pouco estimulante para quem treina lá constantemente mas ganhei a inscrição e fiquei empolgado para ver o resultado dos treinos de performance. Manhã bem fria que se transformou em um calor infernal. Escolhas erradas: não levei óculos e usei camiseta com manga-longa.

Se na prova do Galleria não tinha os amigos por perto, esta então nem se fala visto que o Clube da Corrida não participou.

Fiz meu alongamento e aquecimento e fui para largada. Saí bem rápido e fui mantendo um ritmo muito bom. Mas no meio da corrida bateu um desânimo e desisti de correr os 10k ficando no 5k. Isto ocoreu no quilômetro 3. Fiquei pensando no tédio de dar mais uma volta em torno da Lagoa e decidi parar no 5k. Acelerei muito a partir do portão da Guarda e fechei meu melhor tempo nestes dois anos de corrida nos 5k.

Zero de estratégia. Decepcionado por não ter ido para os 10k mas contente pelo tempo conquistado. Se tivesse escolhido somente 5k com certeza o tempo seria melhor. Os treinos estavam dando resultado, porém algo ainda faltava: trabalhar a mente.

Resultado final: 5,2k em 00:27:41 com pace de 5:19

sexta-feira, 24 de maio de 2013

28ª Corrida 10 Km Tribuna FM • Unilus



28ª Corrida 10 Km Tribuna FM • Unilus
Santos, 19 de maio de 2013

Acordar às 2:15 da manhã, viajar por 4 horas  até Santos com uma parada para café da manhã, chegar para a prova por volta das 7:30, tirar fotos, aquecer, ir para largada com mais 18.000 atletas, correr por quase uma hora com umidade alta e calor, chegar exausto certo que deu tudo o que podia, atravessar a linha de chegada, encontrar amigos, discutir sobre a prova, trocar de roupa , tomar umas cervas, almoçar e voltar para casa às 17:30, 15 horas depois.

Este é o resumo do enredo. Mais do que uma corrida, uma celebração. Diferentemente da São Silvestre onde tudo é festa, esta, apesar da festa é sim uma corrida e muito bem organizada.

Partimos de Campinas por volta das 3:20 da manhã. Todos ainda cansados o que propiciou apagar as luzes do ônibus para dar uma descansada até o Frango Assado da Rodovia dos  Imigrantes. Aí cometi meu primeiro erro. Não me alimentei o suficiente. Faltavam ainda 3 horas para a prova e deveria ter me alimentado melhor. Um pouco mais de carboidrato seria importante.

A partir daí a energia e ansiedade aumentaram e já conversávamos e ríamos muito. A preocupação era com o tempo. O Clima Tempo falava em sol, mas na serra, só chuva.Quais equipamentos portar durante a corrida, eis a questão ? óculos, MP3 ...

Chegando em Santos nos dirigimos para a praça José Bonifácio para aquecimento e fotos, muitas fotos. Aparecemos inclusive na reportagem do jornal local da Globo onde nosso coach deu uma entrevista.


Após aquecimento nos dirigimos para a largada muito bem sinalizada e separada por categorias. Realmente só entrava quem estava devidamente registrado para aquela baia de ritmo.

A largada apesar da quantidade de atletas não foi tumultuada. Como ocorreu uma separação por “baias” foi possível uma fluidez melhor do que em provas com a mesma quantidade de pessoas. Claro que poderia haver mais variações pois o trânsito de corredores lentos foi intenso. Nem dei 5 passos já tinha gente andando na minha frente. Não dá para entender.

Largamos na tentativa de corrermos abaixo de 55 minutos eu, João e Márcio. E começamos bem, até um pouco acima do esperado. Logo na largada passamos pelo túnel e já pegamos uma grande avenida com o sol aparecendo e queimando. A prova por ser plana, traz complicação para mim. Estou acostumado a variar o ritmo com descidas e subidas e manter o mesmo numa reta é algo que preciso me acostumar. Fomos juntos com os dois na minha frente por um bom tempo e eu concentrado para não perdê-los de vista. 

O trânsito de corredores foi intenso por todo o percurso o que sempre faz com que você perca tempo desviando e utilize da grosseria para passar pelo meio. O jeito foi correr na ciclovia. A prova é bastante animada e sempre com pessoas incentivando. Como qualquer corrida-evento sempre tem a turma dos fantasiados. O que me chamou atenão foi um grupo fantasiado de flintstones. Hidratação perfeita a cada 2 km e três pontos com música animando os corredores.


Prova de 10k é velocidade, então a concentração é maior para manter o ritmo afinado com a respiração e com mudanças de trajeto devido a corredores mais lentos. Neste caso não dá para admirar a paisagem. È correr, desviar, olhar para o relógio e se preparar para o próximo ponto de água. Só me lembro de uma grande padaria chamada Santos devidamente enfeitada para a decisão do campeonato Paulista logo a tarde. Por volta do km 5 passei por João e Márcio e fui em busca de alguém da camisa azul. Ao longe Fran e Gislene. Por volta do km 7 me encontrei com a turma da infantaria no canal 5 lutando por achar uma brecha para passar por eles. Já estava bem cansado neste momento e acreditando que teria forças para entrar na praia e dar tudo nos quilômetros finais. Na curva da entrada da avenida da praia uma banda animava com um bom rock and roll mas como falei, a concentração e o cansaço somado com a ansiedade de cruzar a chegada faz você se perder . Cheguei cansado nestes quilômetros e não consegui desenvolver o que queria, corri tudo que eu tinha e comecei a sentir ânsia. Dava nó no estômago. Falta de energia. Por mais que eu quisesse acelerar tinha medo de travar e corri o suficiente para cruzar a chegada. Foram os 40s destes quilômetros finais que fez com que meu tempo não ficasse dentro do esperado.

Cruzando a chegada já fui direto pro posto médico para sentar. Foi a melhor coisa. Já chegou enfermeira jogando copos d´água para baixar a temperatura e por fim um banho de mangueira. Não queria mais sair de lá não.

Recuperado peguei a medalha e fui encontrar o pessoal. Falamos sobre a corrida, as dificuldades. Muitos alcançaram seus objetivos. Eu fiquei decepcionado com meu tempo. Esperava mais. Dei tudo que podia e não foi suficiente. Significa que devo treinar mais. Basicamente isso. Posso dar desculpas do cansaço, falta de energia no final, corrida com muita gente, mas basicamente é treinar mais.

Tomei uma boa ducha na praia e voltamos para o ônibus para programação vespertina: beber, almoçar e voltar.

Chegando ao ônibus, as mulheres entraram para se trocar e os homens encararam  48 garrafas de Stella Artois (patrocinado pelo Juninho). As mulheres realmente demoraram. Depois foi nossa vez. Enquanto aguardávamos a partida,  deu chance de ir até o bar da esquina e abrir mais uns bons pares de cerveja.

Já todos no ônibus, embarcamos em direção a praia onde nos dividimos para almoçar. Pura descontração. Os grupos foram separados dependendo do grau alcoólico pretendido. Uns foram almoçar, outros almoçar e beber e o grupo dos que só queriam beber. Rimos muito, brincamos, bebemos de novo e às 14:30 embarcamos em direção a Campinas.


Foi um grande dia em companhia de grandes companheiros. Este tipo de viagem faz estreitar nossas amizades, conhecermo-nos melhor o que faz com que os treinos fiquem mais prazeirosos e descontraídos.


OBS: temos muito que agradecer a Priscila e Kelly que são as fotógrafas oficiais da turma. Sem elas não teríamos como relembrar em imagens os bons momentos que passamos juntos.


Resultado final: 10,14k em 0:56:46 com pace de 5:36

terça-feira, 9 de abril de 2013

3ª Corrida Oba - 2013



3ª Corrida Oba
Campinas, 07 de abril de 2013

Mais uma Corrida Oba. Participei desde a primeira edição e posso dizer que está teve mais participantes e alguns aspectos negativos foram corrigidos embora outros surgiram.

O dia amanheceu estranho. Acordei às 6 horas e tomei café olhando para um céu azul. Imaginei calor. 

Peguei o material e parti para Lagoa do Taquaral. Não fiz a devida conferência do material e esqueci boné/viseira (serve mais para evitar o suor do que proteger) e quando liguei o Ipod ... bateria fraca.
Clube da Corrida em peso. Tanto que ganhou como o maior grupo de corrida participando do evento. 


Tempo de pegar chip e número de peito, bater papo, rever amigos e fotos. Desta vez a Kelly fez o papel de fotógrafa registrando tudo e todos.

Na largada me posicionei com Richard Medina lá no final. Deu até para fazer uns trotes antes da largada aquecendo um pouco mais e elevando o batimento cardíaco. Tão atrás que passamos depois de 4 minutos pelo pórtico de largada. Acompanhei o mesmo até o início da descida da Norte-sul. Foi importante para manter o ritmo na largada e logo na subida do Taquaral. Depois segui meu ritmo com a intenção de terminar em pelo menos 46 minutos.
Largando atrás é possível ir passando muita gente e encontrando os amigos já no sentido inverso e apoiando os mesmos com gritos de incentivo. Fiz a corrida tranqüila acelerando e diminuindo nos pontos de subida que giram ao redor do Hotel Vitória. No km 5 encontrei Thiago que faz tempo que não via e batemos um curto papo. Estava bem e acelerei mais um pouco. Na minha opinião, erraram o ponto de água final. Nas edições anteriores, este posto de abastecimento ficava  no semáforo antes da subida o que facilita. Onde ficou quebrou um pouco o ritmo pois é o momento que você puxa a força para iniciar a subida.
Estava cansado na subida mas mantive um ritmo constante e vencido a mesma acelerei para recuperar o tempo gasto. Tive ainda que diminuir um pouco o ritmo pois as forças já estavam indo embora mas mantive um bom pace e com força para os 200m finais. Com certeza os últimos treinos de velocidade ajudaram em muito.

Cruzei a linha exausto em 45 minutos. Melhor do que o esperado. Foram 10 minutos a menos em relação a primeira edição e quase dois minutos em relação ao ano passado. Fiquei bastante satisfeito.

Após sentar para tirar o chip, peguei a medalha e então o outro ponto negativo. Uma fila enorme e confusa para pegar as frutas. Desisti e consegui entrar em uma fila menor onde davam açaí. Encontrei amigos, batemos um bom papo mais umas fotos e chuva. Infelizmente caiu uma boa chuva o que dispersou o pessoal. Eu mesmo só vi as fotos do recebimento do prêmio pelo maior grupo de corrida no facebook. Mais um objetivo cumprido. Aliás foi dia de muitos amigos baterem seus recordes pessoais. É isto aí, keeping running, teinar forte para baixar o tempo dos 10k em Santos, na corrida da Tribuna.

Resultado final: 8k em 0:45:03 com pace de 5:34


terça-feira, 26 de março de 2013

3ª Meia Maratona Amil




3ª Meia Maratona AMIL de Campinas
Campinas, 24 de março de 2013

Após uma meia maratona diz o juízo que descanso é recomendável, principalmente para quem não está totalmente preparado como eu. Mas a vontade prevaleceu e aqui conto minha participação na 3ª Meia Maratona, para alguns, pois me inscrevi nos 10k.

A Meia Maratona do ano passado foi de uma controvérsia enorme. A não aferição do percurso levou a um trajeto menor do que o esperado trazendo uma bronca generalizada com repercussão na Revista Contra Relógio. E foi uma pena pois a prova no geral foi muito bem organizada com postos de hidratação adequados, bom kit e preço justo.

Por isso mesmo os organizadores se esforçaram a dar uma resposta alterando o trajeto para alcançar os 21k e aferindo-o junto a órgãos competentes.

Com esta expectativa de melhora fui para o desafio tranqüilo sem altas pretensões pois ainda me sentia cansado do domingo anterior. Só de não ter que acordar para viajar cedo já é mais prazeroso. Café da manhã espartano, preparação do material e pronto. Rumo ao Largo do Rosário.

Lá a barraca do Clube da Corrida já estava montada e pouco a pouco o pessoal foi chegando. Desta vez o grupo foi reduzido motivado principalmente pelas corridas da semana anterior onde tivemos presença marcante nas provas nas quais participamos.

Como sempre, os fotógrafos de plantão da turma, não deixaram por pouco e muitas fotos foram tiradas. Marcante mesmo foi o amigo Renato Divino que mandou muito bem numa entrevista concedida onde deixou claro o significado de correr, participar em grupo de corridas e especialmente nosso grupo. Foi muito bacana. Espero vê-la divulgada. Além disto o mesmo participou da 2ª meia maratona em uma semana.


O percurso desta corrida é muito bonito. É um grande atrativo que deve ser perseguido pelos organizadores atraírem mais participantes. Infelizmente o número de atletas ainda é pequeno o que tira um pouco o brilho da prova.

Bom, esperava-se uma prova sem falhas, mas logo na largada já ocorreu desencontro de informações sobre a diferença de largada de 21k e 10k. Alguns foram informados que para os 10k seria às 7:30 e vários chegaram por volta deste horário. Largamos logo depois do pessoal dos 21k, talvez 4 minutos. Na verdade na dúvida nos posicionamos junto com o pessoal dos 21k. Outro ponto falho: a General Osório não foi interrompida. Sorte que o número de atletas coube no espaço reservado, pois eu que larguei lá atrás convivi com os carros passando.

Dada a largada dos 10k liguei meu Ipod com seleção POP(desta vez) e comecei a correr ao som de Bruno Mars. Acompanhei Halim e Careca de vista por toda Francisco Glicério e Aquidabã bem como na descida do Bosque. Não planejei muito a corrida não. Por ainda estar cansado tratei de correr um pouco mais no início e deixar o ritmo comandar os quilômetros finais.

Ainda estive ao lado do Careca até finalizar a Princesa d´Oeste e retornar. O ritmo foi muito bom mas não consegui manter na descida da avenida e ele disparou e quebrou um pouco mais na subida do Guarani. Novo ponto negativo: em comparação ao ano anterior faltou água. De novo na Princesa d´Oeste o ritmo diminuiu um pouco mas ficou constante até retornar na altura da Pizza Hut em direção a Moraes Sales. Neste ponto, talvez km 7, vi que tinha uma tenda com água não montada o que aumentou ainda mais minha sede. Mesmo assim fiz todo percurso tranqüilo curtindo o playlist selecionado.

Na subida da Moraes Sales já cansado desisti de correr e caminhei rapidamente. Não teria forças para continuar e finalizar a prova. Chegando na Cel Quirino voltei a correr, peguei a última água e rezei para finalizar a última subida. Dei alguns passos e ouvi a Fran me chamar. Correr com alguém do lado renova as expectativas e forças são encontradas e juntos aceleramos o quilômetro final em direção ao pórtico da chegada. Entrar na Francisco Glicério ouvindo Where the Streets have no Name do U2 deu mais força ainda. No final o tempo foi bem melhor do que eu imaginava. De volta a barraca para mais fotos, descansar um pouco, bater um papo e voltar para casa.



Surpresa final: os 10k foram na verdade 9,75k. De novo ....

Como falei no Facebook, foi um Domingão Feliz com direito a café da manhã com a família completa estilo Doriana e depois mais tarde uma bela caipirinha.

Resultado final: 9,75 k em 00:55:52 com pace de 5:44

Em tempo: logo após comentar sobre erros da organização e da quilometragem(o post do Renato Divino elogiava a organização) recebi email da organização solicitando relatar as opiniões sobre a prova.  Abaixo meu relato e a resposta.

Meu relato

Vamos lá.

Acho que a corrida tem um potencial muito grande principalmente pela beleza do caminho. Fiz na semana passada a Meia Internacional da Yescon de São paulo e fica longe de beleza o percurso. E terminar a corrida na Francisco Glicério é um privilégio. Sem dúvida uma das chegadas mais bonitas existentes.

Fiquei satisfeito com a aferição da prova para 21k. Mostra profissionalismo e respeito para com os corredores.

Infelizmente para quem correu 10k (o meu caso) faltaram 250m. Pode parecer nada mas quem está buscando colocações e posicionamento em outras corridas e até mesmo desafio patrocinados por revistas é um banho d´água. Trabalho na EMDEC e verifiquei que não houve razão para não ter mais estes 250m.

Outro ponto falho(?) foi a localização dos postos de hidratação. Como comentei no meu post do facebook, em São Paulo tivemos água de 2,5k em 2,5k o que faz uma diferença grande. Por sorte não estava quente. Sei que por regulamento 3k está correto. Mas tenho que comparar com o ano anterior onde tivemos mais águas. Verifiquei que por volta do km 7 quase em frente  do Hotel Vitória tinha uma barraca desarmada com caixas d´água.

Aproveitando acho que faltou também imaginação na cor da camisa. Sinceramente esperava pelo laranja já que no ano anterior foi azul. Mas isto é de menos.

O preço da corrida foi extremamente justo, o que é difícil de encontrar hoje em dia.

Espero que melhorem cada vez mais esta corrida com maior divulgação nas revistas especializadas para atrair mais corredores

Resposta

Olá Luis, td bem?

Conforme falamos anteriormente, retomo o contato a respeito da 3ª Meia Maratona Amil Campinas.

Estive com a organização da prova hoje para levar até eles todas as críticas ou elogios recebidos e discutir todos os pontos questionados: fornecedores de camisetas e chips, pedido por mais pontos de hidratação, entrega de kits de frutas no final da prova e entrega das medalhas.

Reconhecendo a importância de todos esses quesitos para que os atletas cumpram uma boa prova, a partir de agora os organizadores se comprometem a:

  • Alterar os fornecedores para camisetas dos kits, visando melhor atender às necessidades dos atletas por conforto e eficiência;
  • Otimizar a entrega de kits para os inscritos previamente ao dia da prova, certificando-se que os respectivos chips estarão corretamente em cada kit;
  • Alterar a mecânica de entrega dos kit frutas e medalhas no final da prova, para que somente aqueles que estiverem inscritos tenham acesso;
  • Manter a hidratação a cada e 2,5Km, agora com staff em todos os pontos


A respeito dos atletas que ficaram sem medalhas nessa edição, a Noblu pede desculpas pelo incidente e informa que enviará a respectiva medalha para o endereço que nos for indicado por cada atleta.

Para mantermos nosso contato, peço que me envie por email ou inbox o seu nome completo, endereço (para envio da medalha) e telefone.

Caso tenha mais alguma dúvida, estou à disposição.

Obrigada!