Pesquisar este blog

quarta-feira, 28 de março de 2012

Corrida Oba 2012

25 de março de 2012

Depois de duas provas noturnas, a volta das corridas no horário da manhã. E que manhã de céu azul e um sol forte !

Pela terceira semana consecutiva uma nova prova.

Tive uma semana difícil com poucas horas de sono, um belíssimo jantar regado a bons vinhos na sexta, o que me deixou moribundo no sábado. Novamente não pude participar dos treinos do Clube da Corrida e nem na academia deu para passar. Restou 7k na terça-feira e 4k na sexta-feira em ritmo confortável só para treinar a musculatura.

Cheguei cansado na prova, mas animado esperando fazer a mesma em menos de 48 minutos.
Desta vez não utilizamos nosso uniforme azul mas utilizamos o boné para marcar o grupo. Aliás como sempre, um grupo de peso.


Antes da prova encontrei vários amigos e até mesmo Daniel (amigo de longa data) com quem dei as primeiras passadas no mundo da corrida (bem doloridas por sinal) na praia.



Corrida organizada é outra coisa. Locutor falando pouco mas o necessário, música na medida certa, ambiente colorido e com áreas bem definidas.
A Tenda do Clube da Corrida como sempre bem posicionada e excelente ponto de referência para encontros.

O aquecimento foi feito junto a organização (de frente para nossa tenda). Que calor. Já dava para ter uma idéia do que iríamos passar.

Fui para largada com Daniel e Wilmar. Novamente larguei bem atrás (4 minutos para cruzar a largada).

Nas últimas provas consegui correr conforme uma estratégia bem definida de segurar nas subidas e dar tudo nas descidas. Esta prova seria um pouco diferente por existe uns 4k relativamente plano e ainda não tenho a exata noção de controle de ritmo nesta condição.

Após largada já perdi de vista o Wilmar. Voltou a ser etíope albino. No primeiro quilômetro já se distanciou e não mais o vi. Daniel com uma virose ficou para trás.

Utilizei novamente do Ipod para correr. A música ajudou bastante nesta corrida. Ainda lembro de Rock and Roll All Night do Kiss descendo a norte-sul engatando com Immigrant Song do Led Zeppelin após Orosimbo Maia. Essas marcaram. Não me lembro depois das demais. Talvez a concentração tenha sido mais forte. Gostaria de ter ouvido alguma música mais marcante na subida da volta mas não lembro de nada.

Quando cheguei nos 4k relativamente planos fui controlando o ritmo lembrando que teria uma pequena subida no Hotel Vitória, descida e novamente plano até o sexto quilômetro. Neste ponto o Garmin me confundiu um pouco pois achei que estava um pouco mais rápido do que eu realmente estava. Perdi um tempo nesta confusão.

À medida que chegava a subida da volta a ansiedade ia tomando conta. Da última vez que fiz este percurso minha cabeça parecia que ia estourar e precisei caminhar. No início da subida encontrei uma turma do Clube da Corrida e fomos nos incentivando. Diminui o ritmo e me concentrei ainda mais. Nem olhava muito para frente para focar em cada passada. Me lembro do Rodrigo Vichi chegando no topo e gritando para espantar o cansaço ou seja lá o que era (parecia um trovão). Novamente o espírito de coleguismo impera nestas horas. Não é uma competição entre pessoas mas sim uma luta para vencer os seus próprios desafios e quem está lá sabe da dificuldade e incentiva seus pares nesta conquista.

Quando acabou a subida corri tudo que eu podia para baixar o tempo perdido e manter a média desejada. Perdi muito tempo nesta subida. Talvez tenha segurado demais, talvez poderia ter sido mais contundente. Saberei na prova do Boldrini.

Para correr o último quilômetro já exausto pela subida me inspirei no relato do último capítulo do livro Era uma vez um corredor onde o autor narra com detalhes incríveis o esforço para completar a milha numa competição americana. Lembrei-me de outra frase que eu li em uma reportagem da Contra-Relógio: A dor é inevitável. O diferencial está em o quanto você está preparado para suportá-la e em que intensidade. Já havia testado esse jogo psicológico na T&F e tinha dado certo e agora que tinha uma descida até a linha de chegada não poderia falhar. É aí que entra outro componente da corrida: a ansiedade. Você está a poucos metros, consegue ver a Linha de Chegada e algo conspira para que estes metros fiquem cada vez mais distante. Que coisa é esta sô ! Para mim é mais um demônio da pista a ser domado.




Desta vez cheguei morto. Acho que o calor contribuiu um pouco. Realmente me esforcei bastante no final. Lembro do Rodrigo gritando “Força Luis” já nos metros finais. Cruzei e procurei uma sombra para sentar. Lá na área Vip o João Augusto na boa comendo e bebendo com um sorriso enorme. Missão cumprida.

Estava tão cansado que nem vontade de comer e beber eu tinha. Mas comi. Frutas, água de côco, açaí ... sem comentários. Muito bom mesmo.

È de se registrar e dar parabéns a Noblu pela corrida. No meu entendimento foi perfeita com bons postos de hidratação e uma recepção exuberante.


Resultado: 8km em 00:46:51 no ritmo de 5´:51 (8 minutos abaixo do tempo de 1 ano atrás)

Nenhum comentário:

Postar um comentário