28ª Corrida 10 Km Tribuna FM • Unilus
Santos, 19 de maio de 2013
Acordar às 2:15 da manhã, viajar
por 4 horas até Santos com uma parada
para café da manhã, chegar para a prova por volta das 7:30, tirar fotos,
aquecer, ir para largada com mais 18.000 atletas, correr por quase uma hora com
umidade alta e calor, chegar exausto certo que deu tudo o que podia, atravessar
a linha de chegada, encontrar amigos, discutir sobre a prova, trocar de roupa ,
tomar umas cervas, almoçar e voltar para casa às 17:30, 15 horas depois.
Este é o resumo do enredo. Mais
do que uma corrida, uma celebração. Diferentemente da São Silvestre onde tudo é
festa, esta, apesar da festa é sim uma corrida e muito bem organizada.
Partimos de Campinas por volta
das 3:20 da manhã. Todos ainda cansados o que propiciou apagar as luzes do
ônibus para dar uma descansada até o Frango Assado da Rodovia dos Imigrantes. Aí cometi meu primeiro erro. Não
me alimentei o suficiente. Faltavam ainda 3 horas para a prova e deveria ter me
alimentado melhor. Um pouco mais de carboidrato seria importante.
A partir daí a energia e ansiedade
aumentaram e já conversávamos e ríamos muito. A preocupação era com o tempo. O
Clima Tempo falava em sol, mas na serra, só chuva.Quais equipamentos portar durante a corrida, eis a questão ? óculos, MP3 ...
Chegando em Santos nos dirigimos
para a praça José Bonifácio para aquecimento e fotos, muitas fotos. Aparecemos
inclusive na reportagem do jornal local da Globo onde nosso coach deu uma
entrevista.
Após aquecimento nos dirigimos
para a largada muito bem sinalizada e separada por categorias. Realmente só
entrava quem estava devidamente registrado para aquela baia de ritmo.
A largada apesar da quantidade de
atletas não foi tumultuada. Como ocorreu uma separação por “baias” foi possível uma fluidez melhor do que em provas com a mesma quantidade de pessoas. Claro que poderia haver mais variações pois o trânsito de corredores
lentos foi intenso. Nem dei 5 passos já tinha gente andando na minha frente. Não dá para entender.

O trânsito de corredores foi intenso por todo o percurso o que sempre faz com que você perca tempo desviando e utilize da grosseria para passar pelo meio. O jeito foi correr na ciclovia. A prova é bastante animada e sempre com pessoas incentivando. Como qualquer corrida-evento sempre tem a turma dos fantasiados. O que me chamou atenão foi um grupo fantasiado de flintstones. Hidratação perfeita a cada 2 km e três pontos com música animando os corredores.
Prova de 10k é velocidade, então a concentração é maior para
manter o ritmo afinado com a respiração e com mudanças de trajeto devido a
corredores mais lentos. Neste caso não dá para admirar a paisagem. È correr,
desviar, olhar para o relógio e se preparar para o próximo ponto de água. Só me lembro de uma grande padaria chamada Santos devidamente enfeitada para a decisão do campeonato Paulista logo a tarde. Por
volta do km 5 passei por João e Márcio e fui em busca de alguém da camisa azul.
Ao longe Fran e Gislene. Por volta do km 7 me encontrei com a turma da
infantaria no canal 5 lutando por achar uma brecha para passar por eles. Já
estava bem cansado neste momento e acreditando que teria forças para entrar na
praia e dar tudo nos quilômetros finais. Na curva da entrada da avenida da
praia uma banda animava com um bom rock and roll mas como falei, a concentração
e o cansaço somado com a ansiedade de cruzar a chegada faz você se perder .
Cheguei cansado nestes quilômetros e não consegui desenvolver o que queria,
corri tudo que eu tinha e comecei a sentir ânsia. Dava nó no estômago. Falta de
energia. Por mais que eu quisesse acelerar tinha medo de travar e corri o
suficiente para cruzar a chegada. Foram os 40s destes quilômetros finais que fez
com que meu tempo não ficasse dentro do esperado.
Cruzando a chegada já fui direto pro posto médico para
sentar. Foi a melhor coisa. Já chegou enfermeira jogando copos d´água para
baixar a temperatura e por fim um banho de mangueira. Não queria mais sair de
lá não.
Recuperado peguei a medalha e fui encontrar o pessoal.
Falamos sobre a corrida, as dificuldades. Muitos alcançaram seus objetivos. Eu
fiquei decepcionado com meu tempo. Esperava mais. Dei tudo que podia e não foi
suficiente. Significa que devo treinar mais. Basicamente isso. Posso dar
desculpas do cansaço, falta de energia no final, corrida com muita gente, mas
basicamente é treinar mais.
Tomei uma boa ducha na praia e voltamos para o ônibus para
programação vespertina: beber, almoçar e voltar.
Chegando ao ônibus, as mulheres entraram para se trocar e os
homens encararam 48 garrafas de Stella
Artois (patrocinado pelo Juninho). As mulheres realmente demoraram. Depois foi
nossa vez. Enquanto aguardávamos a partida, deu chance de ir até o bar da esquina e abrir mais uns
bons pares de cerveja.
Já todos no ônibus, embarcamos em direção a praia onde nos
dividimos para almoçar. Pura descontração. Os grupos foram separados dependendo
do grau alcoólico pretendido. Uns foram almoçar, outros almoçar e beber e o grupo dos que só queriam beber. Rimos muito,
brincamos, bebemos de novo e às 14:30 embarcamos em direção a Campinas.
Foi um grande dia em companhia de grandes companheiros. Este
tipo de viagem faz estreitar nossas amizades, conhecermo-nos melhor o que faz
com que os treinos fiquem mais prazeirosos e descontraídos.
Show de bola Luís. Agora é aguardar as próximas para termos mais histórias para contar!
ResponderExcluirAh, esta turma dos que "só queriam beber" eu não ví não!!! hehe