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quarta-feira, 13 de março de 2013

88ª Corrida de São Silvestre



São Paulo - 31 de dezembro de 2012
88ª Corrida de São Silvestre

Este post demorou mas as impressões sobre a corrida ainda estão frescas na memória.

O importante é tratar esta corrida como um grande evento do Brasil. Está mais para uma celebração do que realmente corrida. È muito fácil distrair-se mediante tanta coisa ao redor. Infelizmente para quem quer realmente correr e fazer tempo, tem que passar por dificuldades pois insistem em não fazer largadas em ondas ou controlar baias de saída. Isto permitiria que ambos, corredores e “foliões” aproveitassem da melhor maneira possível. Muito já foi escrito e resta aguardar que alguém pense nos corredores de formas mais efetiva. Mesmo correndo lentamente você passa por inúmeras situações que dificultam seu ritmo e realmente atrapalham. Portanto antes de correr veja o que você quer deste evento.

Falar de São Silvestre significa vir a mente a famosa subida da Brigadeiro. Parece que não existe outra coisa a não ser a Brigadeiro. Para vencer este desafio, no mês de dezembro fiz um pouco de morro para amenizar a ansiedade e alguns longões para resistência. Mas o maior problema da São Silvestre é ela cair justamente no dia 31/12. Se você quer correr e fazer um tempo bom tem que resguardar o Natal e os dias que antecedem o evento. Mas como ? Fiz justamente o contrário. Comi e bebi sem remorsos e com este espírito já me conscientizei que seria uma corrida de participação, curtição com os amigos e relaxamento. Mas foi mais difícil do que o planejado.

Como estava em Águas de Lindóia, voltei no dia anterior para dormir em Campinas para pegarmos uma das duas vans reservadas para o Clube da Corrida. Um bom grupo se dispôs a acordar cedo em pleno feriado para enfrentar o último desafio do ano.


Você começa a sentir que a São Silvestre é gigante quando na parada oficial do Clube da Corrida no Frango Assado você vê atletas de toda região do estado (algumas bem longes). È muita gente parando para se abastecer e já se arrumar para a corrida (não foi assim nas outras corridas).

Chegamos cedo na avenida Paulista e ficamos bem posicionados para largada em frente ao MASP. Ai é encontrar um lugar, bater papo, rir com as dezenas de fantasias de corredores, rir das faixas mais estranhas. Parece que você está em uma grande passeata tal a quantidade de faixas. Pense nas coisas mais estranhas e você verá: gato de botas, múmia, super heróis, Papai Noel, a Dengue entre outros. Até esquece que você está lá para correr.



Quando a largada foi dada andamos ainda por uns 10 minutos antes de passar pelo pórtico e iniciarmos a corrida propriamente dita. Mais parecia um desfile de carnaval do que propriamente o início de uma corrida tal a energia dos participantes e do público. Dizem que ainda tinha gente largando quando os primeiros corredores chegaram. Calcula-se um total de 25.000 participantes com 18.000 concluindo (a maior até agora).



Cada um do Clube escolheu sua estratégia e acompanhou algum amigo. Largamos e ficamos quase a corrida toda juntos, Andréia, Priscila, João, Olair e eu. O início foi complicado pois logo após a largada já enfrentamos  um estreitamento no túnel e um afunilamento natural na descida do Pacaembu. Para fugir da multidão ocupávamos o outro lado da pista. O primeiro posto de água foi complicado. Muita gente. Um verdadeiro salve-se quem puder. Quem teve chances pegou água para a equipe.

E assim fomos juntos por um bom tempo ouvindo Andréia e outros gritando Vai CURINTIA por quase todo o percurso. Passamos pelo Memorial da América Latina (1/3 da corrida), subimos e descemos um morro e pegamos uma avenida enorme. Neste momento o cansaço bateu (ainda era cedo) e fiquei para trás ajudado pela Priscila. Como gritávamos nossos nomes para saber onde estávamos, em certo ponto da avenida meu nome e da Priscila foi cantado pela platéia. Tenho que agradecer muito a Priscila por ter me acompanhado durante o percurso. Deu a energia necessária para finalizar a prova e ajudava ainda nos postos de abastecimento pegando água, gatorade. Subimos o viaduto em direção a Rio Branco onde tinha posto de gatorade (aliás providencial). 
 Quando passamos pela Praça da República vi que meu chip perdeu-se. Não sei como saiu, mas fiquei sem saber oficialmente meu tempo. No km 12 andei por alguns metros para tomar o último carboidrato antes de enfrentar a Brigadeiro. Passamos pelo Teatro Municipal e finalmente chegamos na Brigadeiro este trecho da corrida é o sentido inverso da corrida do Centro Histórico). È incrível a visão ainda lá do alto. Neste ponto você tem a dimensão da grandiosidade da prova pois o raio de visão é enorme. Desci concentrado e me preparei para enfrentar os quase dois quilômetros.  Neste ponto muita gente já está andando. Tratei de concentrar sempre em um semáforo próximo e a cada um vencido, mirar o próximo. No km 14 desisti e andei por uns 200 metros. O coração estava na boca e achei melhor caminhar. NA calçada pelo menos duas pessoas sendo atendidas por paramédicos. Mas a solidariedade de quem está participando é grande e mesmo do público incentivando no momento mais difícil da prova. Sempre ficará este gostinho amargo de não ter vencido a Brigadeiro mas quem sabe numa próxima. Neste ponto já estávamos todos separados. Voltei a correr e entrei na Paulista com força para terminar bem a prova. Missão cumprida para um bom ano de corridas e novas amizades com todas as metas cumpridas. Cansado e feliz.

Como é bom encontrar o pessoal da camiseta azul. Desta vez na platéia tirando fotos Natália e Marina davam os parabéns. Encontrei o pessoal pegamos nossa medalha e voltamos para o ônibus. Ainda deu tempo de tomar umas latinhas de Skol antes de zarparmos rumo a Campinas.

Viagem tranqüila, despedidas, voltar para casa e ainda encarar mais uma hora de viagem até Águas de Lindóia. A família garantiu o almoço junto aos garçons do hotel. Descanso, piscina com um bom sol e repouso para a passagem de um bom ano. Feliz 2013.

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Um comentário:

  1. Esse ano tb estarei enfrentando a Brigadeiro! Vai ser um sobho a ser realizado!

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