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quarta-feira, 15 de abril de 2015

22ª Maratona de Revezamento Pão de Açucar



22ª Maratona de Revezamento Pão de Açucar
São Paulo, 21 de setembro de 2014

Sem dúvida uma das maiores provas de revezamento do mundo. Mais de 30.000 atletas participantes com uma organização impecável. Por ser revezamento, é possível formar duplas, quartetos e octetos. Equipes amadoras e profissionais disputando o mesmo espaço. Imperdível.

Primeira prova com os colegas da Prodam (empresa de Tecnologia da Informação da cidade de São Paulo). Tivemos um encontro preparatório na sexta-feira antes da prova para nos conhecermos. Foram formados oito octetos na empresa. Quem já tinha feito a prova contou onde e como se posicionar na zona de troca, em qual baia cada um ficaria e principalmente para mim, novo na empresa, conhecer de quem e para quem deveria passar a pulseira de troca além de outras dicas. Para uma equipe como a nossa onde estimou-se 35 minutos para cada corredor, os primeiros iniciariam ás 7:30 e os últimos lá pelas 11 horas. Por isso cada um chegaria dentro de sua conveniência, no seu posto de troca. Não nos encontraríamos antes. É compreensível em se tratando de São Paulo mas perde aquele espírito de equipe. Seria mais uma corrida individual do que propriamente de time. Ou seja, cada um se vira nos seus trinta. Ainda imaginei que nos encontraríamos todos no final para bater papo, tirar fotos mas de novo, quem acabava já ia embora ficando para o último a missão de pegar as medalhas. Imaginando São Paulo, deslocamentos, quantidade de gente, me resignei, aceitei. O estranho é correr e voltar para casa sem medalha.


Bem, solitário na viagem, dormi cedo e às 3 da manhã já estava de pé. Café, vestir roupa, banheiro, conferir material e bora pra Sampa. Ainda muito escuro e um tempo carregado. Sinal de chuva.

No medo de não chegar a tempo, cheguei muito cedo. Por volta das cinco e trinta já estava com meu carro estacionado no estacionamento em frente a arena montada. Nesta hora caiu uma tromba d´água de lavar a alma. Sem condição de sair do carro. Me preparei dentro do mesmo.

Por volta das seis com a chuva já bem branda me dirigi a arena na tentativa de encontrar alguém. Ainda fiz uma horinha mas como não encontrei fui para meu posto de troca localizado a um quilômetro da largada. Novamente a chuva castigou. Outra tromba d´água junto com vento gelado. A primeira coisa que vem a mente é: o que é que eu estou fazendo aqui! Totalmente encharcado com o tênis fazendo glupt a cada passada. Por sorte ela foi rápida e já na largada o tempo ficou agradável. Correríamos sem chuva mas ensopados. Do meu posto de troca não foi possível ouvir a largada. Ficamos na expectativa de ver os primeiros corredores passarem por nós.

O interessante desta corrida é que você tem a oportunidade de ver correr ao seu lado grandes corredores. Por ser um circuito fechado sempre alguém passa por você. Eu fui o segundo do meu octeto. Dei sorte pois os pares neste circuito têm menos subidas. Enquanto aguardava minha passagem, pude ver Marilson e um queniano lado a lado voando pelo posto de troca. Ainda demorou muito para receber a pulseira e começar minha jornada. Ao receber iniciei forte pois era uma descida boa mas o medo de quebrar e não conhecer o trajeto me fez diminuir o ritmo. E assim fui tranquilo, olhando o Garmin, imaginando o percurso, curtindo a corrida e como falei vendo feras passar por mim. Me senti bem durante a corrida e quando percebi que cheguei próximo as zonas de troca, dentro do parque, comecei a acelerar. Consegui acelerar bem mas neste trecho é necessário cuidado pois muita gente se aglomera esperando pela troca. Quando finalizei meu trecho e o Garmin marcava um pace abaixo de seis, me senti realizado. Troca feita, tempo de comemorar. Dores nas pernas mas eufórico. O chato é não ter ninguém da equipe para conversar. Voltei para o local da arena e como não encontrei ninguém fui pra perto da linha de chegada onde as equipes mais rápidas estavam para finalizar a prova. Incrível foi ver o Frank Caldeira dar um tiro no final fechando para sua equipe. Parecia corrida de 100 metros raso. Comecei a bater papo com um corredor ao lado (ele correu dupla). Ele ia falando das equipes que cruzavam a chegada, parecia conhecer todos. Falou que demorou para passar a pulseira para o amigo pois não o encontrava nas baias de troca e isto deveria ter prejudicado a dupla. De repente ele avista o parceiro dele chegando. Eles foram terceiro lugar em duplas. O legal de corrida é isto. Sempre encontrei muita simplicidade, amizade, companheirismo e solidariedade. É um lugar mágico. Feliz por voltar.

Missão cumprida. Agora é pensar como voltar,  próxima etapa, como treinar, o que fazer para ter uma corrida confortável e aprazível.


Resultado final: 5,20 km em 30:35 com pace de 5:53

Condição física: pesado, calças ainda apertadas, gordura abdominal presente e saliente (embora a foto distorça a realidade)

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