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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Correndo com minha filha

Corrida Night Run
Campinas, 14 de setembro de 2013

O relato desta corrida está baseado muito mais na emoção de um pai correndo com a filha pela primeira vez do que como um corredor.

Há tempos que queria participar de uma prova com Isabela. Não acompanhei seus treinos mas sabia que no final de tarde sempre trotava pelo condomínio. Dava alguns conselhos do que fazer mas nada muito técnico. Após a Corrida da Ponte, onde ela correu quase 5k, ví que tava na hora de participar de uma corrida. No calendário de uma jovem que vai prestar vestibular este ano, a Corrida Night Run apareceu em boa hora.

Na semana que antecedeu sugeri alguns treinos mas uma bolha no pé impediu de executar. Já fiquei aflito achando que não conseguiria correr na noite de sábado.

A relação que se forma em torno da prova é muito interessante. Experiência versus juventude,
técnico versus atleta, pai versus filha. È difícil explicar. Somam-se todas estas relações e cria um resultado muito forte. Na minha cabeça o mais importante era finalizar a prova sem ela parar. Claro que você idealiza tempo de prova. Imagina que se sair leve depois dá para recuperar na descida e tal e tal e tal …. você sonha com pódio. É uma loucura.

Fomos cedo para o Taquaral para estacionar tranquilamente e pegar o chip. Tudo é feito junto. Tudo tem que ser explicado. Ainda deu tempo de passar pela tenda do Clube da Corrida. Sabia que ali teria nossas fotógrafas de plantão: Kely e Pri. Era o próprio pai coruja orgulhoso de estar ali com a filha e precisava de fotos para registrar. Era o momento dela, mas o meu também.

Saimos da tenda e fui mostrar a arena e nos posicionamos próximo ao palco de premiação para aquecimento. Finalizado, fomos para a largada e ficamos lá atrás. Aproveitei para aquecer com trotes e alguns tiros. Minha preocupação era de entrar quente na corrida. Após fomos nos posicionando mais a frente para não largar lá atrás. Mesmo assim passamos pela largada com 6 minutos após início da prova.

Com a emoção e o coração na boca largamos para o nosso 5k. Muitos participantes na corrida o que impedia de correr forte. Por um lado foi bom pois ajudava a manter um ritmo bem tranquilo. Durante toda prova ia falando e checando se ela estava bem. Por conhecer o percurso sabia exatamente onde tirar o pé e onde correr um pouquinho mais. Mas a corrida era dela, o ritmo era dela. A noite estava quente e na pista muito mais. Passamos tranquilos pelo portão 7 e me adiantei para pegar água para nós enquanto ela corria. Descida do cartódromo e primeira subida em direção ao portão 5. Sempre falando quando abaixar o ritmo e quanto tempo para acabar. Descida no portão 5 e início da grande subida. Seria a definição da corrida. Se conseguisse subir sem parar a noite estava ganha. Ritmo baixo, Isa vermelha de esforço. Quando chegamos no topo ainda falei se queria dar uma andada mas optou por continuarmos a descida no trote. Pronto. Falei para ela que agora era só diversão. E continuamos em um ritmo tranquilo, para mim pelo menos. Subida de 400m perto do portão da guarda em direção a Concha Acústica, sempre lembrando que era a última subida. Quando acabamos relaxamos um pouco no trote e inicamos a descida até o portão 1. Neste momento sugeri acelerarmos um pouco mas dentro da possibilidade. Agora faltava muito pouco e a todo momento lembrava ela. Força. Passamos pelo tunel próximo da chegada e pegamos o lado esquerdo para finalizar a prova. Emoção total. Olho no Atleta para registrar o momento e cruzamos a chegada de mãos dadas muito contente. Emoção para ambos.

Descansar, hidratar, voltar para a tenda, bater papo com os amigos e tirar mais uma foto. Hora de voltar para casa.

Foi a primeira prova oficial dela e espero que de muitas. Espero poder acompanhá-la por muitos anos em corridas curtindo esta relação toda especial.

Beijão Bela.
Papis

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

5ª Corrida de Rua Gazeta de Piracicaba e Onda Livre FM

Entrando em agosto desisti de participar do team performance. Apesar de aprovar a proposta, cansei. Comecei a pensar em muito sobre minhas reais condições físicas pois a idade pesa e para correr perto dos amigos mais dedicação seria preciso. A gente fica mais cansado, não tem jeito. A correria não é só na pista. É também no trabalho, nas relações sociais e familiares. Conciliar tudo não é fácil. Fico contente quando vejo meus exames e verifico que o coração está mais eficiente o que por uma lado me incentiva a continuar correndo. Talvez correr para saúde, pela diversão de estar com os amigos (pelo menos na largada e depois da prova já que no percurso está difícil). Para este segundo semestre somente provas com alguma característica diferenciada. Dentro desta proposta agendamos uma Corrida para Pira. Enquanto uns amigos foram para Meia-maratona do Rio de Janeiro, nós fomos para os 10k do Rio (do Rio de Piracicaba).



5ª Corrida de Rua Gazeta de Piracicaba e Onda Livre FM
Piracicaba, 18 de agosto de 2013

Continuei cansado nos treinos. Não consegui mais render. Talvez a secura do tempo contribuísse para tanto mas no fundo faltou motivação. E esta falta de motivação ficou maior quando soube que o João Augusto não mais correria com a gente por problemas no joelho. Corremos e treinamos juntos durante dois anos, ficamos bons amigos, conquistamos alguns recordes mundiais pessoal e a ausência de sua companhia me deixou bastante chateado.

Como ele já tinha se inscrito para esta corrida resolveu participar mesmo sem treino e condições adequadas. Coloquei que correrríamos juntos (incluindo renato Divino), celebrando não o afastamento, mas o período que treinamos, rimos e nos divertimos. E com este espírito embarcamos rumo a Pira. O grupo se completou com Márcia, Natália e Edson.

Chegamos cedo em Pira e deu para curtir a preparação da corrida. Muita gente e muitas assessorias presentes. A largada foi no final da Rua do Porto. Minha estratégia e do Renato para a prova era seguir o João. Seria uma corrida de lembranças, fofocas e muita risada. Largamos lá no final e fomos tranquilos conhecendo as ruas de Pira. O percurso é muito gostoso com subidas suaves durante um trecho até chegar a beira do rio. Não deveria nem ter levado o relógio. Nosso tempo era o tempo do João. Ele superou-se pois para quem há muito não corria e com dores no joelho enfrentar 10k não é fácil. E assim foi a corrida até seu final: tranquila. Para mim foi emocionante. Cruzamos juntos a chegada com o pessoal nos esperando. Não foi uma corrida foi uma despedida temporária de um amigo nas pistas.


Esta prova me fez pensar muito sobre corridas. Talvez uma das provas que eu mais curti. Talvez nem poderia chamar de prova mas de um daqueles longões que tanto realizamos no passado saindo do portão 7, entrando na Brigada e retornando. Na corrida tem espaço para vencer limites de resistência ou velocidade mas também tem espaço para correr por correr. A opção é sua ….. e o valor da inscrição também.


Após corrida, Rua do Porto. Aliás uns 100 metro de onde estávamos. Literalmente abrimos o restaurante por volta das 10:30. Caipirinha, cerveja até chegar o resto da turma. No cardápio do almoço: peixe filhote.

Muito bom correr em Pira, bom demais. A organização da prova foi muito boa e o kit muito honesto e é muito bom correr em lugares diferentes conciliando a prova com um encontro etílico e gastronômico.


Resultado final: diversão, emoção, amizade

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Corrida da Ponte 10k

Na sequência da Golden corri a Corrida da Ponte 10k. È incrível como não aprendemos com nossos erros. Deveria descansar mas resolvi correr sem nenhuma pretensão, mais por diversão. Só que chega a prova e você se considera um super atleta e daí … pau.
 
Corrida da Ponte 10k
Campinas, 4 de agosto de 2013

O dia amanheceu azul, quente e seco. Desta vez a família veio junto. Mônica e Lucia Helena fizeram caminhada, Isabela e Gustavo correram 5k e eu fui para os 10k.

Pouca gente na prova, mas como o percurso é gostoso vamos nessa. Além do mais é do time do coração. Largada em descida até a Princesa d´Oeste continuando em reta pela Norte-sul pegando a subida para o balão do Taquaral, descida até a ponte e retorno pelo mesmo caminho em direção ao campo da Macaca.

Saímos juntos eu, Juninho, Pri, Espanholeto, Bruno, Alexandre Bravo e Júlio. Logo Juninho, Alexandre e Júlio dispararam, e os demais correram bem próximos. Terminei os primeiros 5k bem mas quebrei nos 7k. Faltou um posto de água no km 7. O tempo estava seco e senti muito. Nada como a soliedariedade de corredor. Foi só acabar de falar cadê a água e um cara que passou por mim ofereceu um copo. Salvou a prova. Neste trecho corri junto com Pri e Espanholeto que nos deixou no km 6. Continuamos eu e Pri até a subida final onde caminhei nos metros finais completamente exausto. Força somente para finalizar dentro do campo.

Entrar no campo é outra emoção (pelo menos para os pontepretanos). Soltei as pernas e corri como se estivesse em uma prova de atletismo. Fui recompensado pela foto do Juninho. Como disse no início, foi mais uma prova festeira. Daquelas que poderia ser uma conquista se ficasse nos 5k. Depois da Golden o corpo ainda sentia e o descanso seria mais prudente. Mas todos da família se divertiram e minha Isabela fez sua primeira corrida extra oficial.

Apesar de pontepretano achei uma prova muito cara pela qualidade do kit. Aprenderam que deveriam utilizar outro tecido para camiseta mas não acertaram no tamanho. Outro ponto: o design da camiseta do ano anterior era mais bonita e deveria ser mantida. Esperava uma camisa com as cores da ponte. Quem sabe na próxima. Como falei faltou água no km7. Posicionaram mal este posto e visto que o tempo estava quente e seco deveriam levar isto em conta na organização.

Mais emoção quando soubemos que nossa amiga Rafa havia pego pódio. Ficamos na expectativa até ouvirmos o tempo da terceira colocada. O tempo de Rafa era menor. Resultado: 2º lugar. 


Resultado final: 10k em 1:00:18 com pace de 6:02