Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de março de 2013

3ª Meia Maratona Amil




3ª Meia Maratona AMIL de Campinas
Campinas, 24 de março de 2013

Após uma meia maratona diz o juízo que descanso é recomendável, principalmente para quem não está totalmente preparado como eu. Mas a vontade prevaleceu e aqui conto minha participação na 3ª Meia Maratona, para alguns, pois me inscrevi nos 10k.

A Meia Maratona do ano passado foi de uma controvérsia enorme. A não aferição do percurso levou a um trajeto menor do que o esperado trazendo uma bronca generalizada com repercussão na Revista Contra Relógio. E foi uma pena pois a prova no geral foi muito bem organizada com postos de hidratação adequados, bom kit e preço justo.

Por isso mesmo os organizadores se esforçaram a dar uma resposta alterando o trajeto para alcançar os 21k e aferindo-o junto a órgãos competentes.

Com esta expectativa de melhora fui para o desafio tranqüilo sem altas pretensões pois ainda me sentia cansado do domingo anterior. Só de não ter que acordar para viajar cedo já é mais prazeroso. Café da manhã espartano, preparação do material e pronto. Rumo ao Largo do Rosário.

Lá a barraca do Clube da Corrida já estava montada e pouco a pouco o pessoal foi chegando. Desta vez o grupo foi reduzido motivado principalmente pelas corridas da semana anterior onde tivemos presença marcante nas provas nas quais participamos.

Como sempre, os fotógrafos de plantão da turma, não deixaram por pouco e muitas fotos foram tiradas. Marcante mesmo foi o amigo Renato Divino que mandou muito bem numa entrevista concedida onde deixou claro o significado de correr, participar em grupo de corridas e especialmente nosso grupo. Foi muito bacana. Espero vê-la divulgada. Além disto o mesmo participou da 2ª meia maratona em uma semana.


O percurso desta corrida é muito bonito. É um grande atrativo que deve ser perseguido pelos organizadores atraírem mais participantes. Infelizmente o número de atletas ainda é pequeno o que tira um pouco o brilho da prova.

Bom, esperava-se uma prova sem falhas, mas logo na largada já ocorreu desencontro de informações sobre a diferença de largada de 21k e 10k. Alguns foram informados que para os 10k seria às 7:30 e vários chegaram por volta deste horário. Largamos logo depois do pessoal dos 21k, talvez 4 minutos. Na verdade na dúvida nos posicionamos junto com o pessoal dos 21k. Outro ponto falho: a General Osório não foi interrompida. Sorte que o número de atletas coube no espaço reservado, pois eu que larguei lá atrás convivi com os carros passando.

Dada a largada dos 10k liguei meu Ipod com seleção POP(desta vez) e comecei a correr ao som de Bruno Mars. Acompanhei Halim e Careca de vista por toda Francisco Glicério e Aquidabã bem como na descida do Bosque. Não planejei muito a corrida não. Por ainda estar cansado tratei de correr um pouco mais no início e deixar o ritmo comandar os quilômetros finais.

Ainda estive ao lado do Careca até finalizar a Princesa d´Oeste e retornar. O ritmo foi muito bom mas não consegui manter na descida da avenida e ele disparou e quebrou um pouco mais na subida do Guarani. Novo ponto negativo: em comparação ao ano anterior faltou água. De novo na Princesa d´Oeste o ritmo diminuiu um pouco mas ficou constante até retornar na altura da Pizza Hut em direção a Moraes Sales. Neste ponto, talvez km 7, vi que tinha uma tenda com água não montada o que aumentou ainda mais minha sede. Mesmo assim fiz todo percurso tranqüilo curtindo o playlist selecionado.

Na subida da Moraes Sales já cansado desisti de correr e caminhei rapidamente. Não teria forças para continuar e finalizar a prova. Chegando na Cel Quirino voltei a correr, peguei a última água e rezei para finalizar a última subida. Dei alguns passos e ouvi a Fran me chamar. Correr com alguém do lado renova as expectativas e forças são encontradas e juntos aceleramos o quilômetro final em direção ao pórtico da chegada. Entrar na Francisco Glicério ouvindo Where the Streets have no Name do U2 deu mais força ainda. No final o tempo foi bem melhor do que eu imaginava. De volta a barraca para mais fotos, descansar um pouco, bater um papo e voltar para casa.



Surpresa final: os 10k foram na verdade 9,75k. De novo ....

Como falei no Facebook, foi um Domingão Feliz com direito a café da manhã com a família completa estilo Doriana e depois mais tarde uma bela caipirinha.

Resultado final: 9,75 k em 00:55:52 com pace de 5:44

Em tempo: logo após comentar sobre erros da organização e da quilometragem(o post do Renato Divino elogiava a organização) recebi email da organização solicitando relatar as opiniões sobre a prova.  Abaixo meu relato e a resposta.

Meu relato

Vamos lá.

Acho que a corrida tem um potencial muito grande principalmente pela beleza do caminho. Fiz na semana passada a Meia Internacional da Yescon de São paulo e fica longe de beleza o percurso. E terminar a corrida na Francisco Glicério é um privilégio. Sem dúvida uma das chegadas mais bonitas existentes.

Fiquei satisfeito com a aferição da prova para 21k. Mostra profissionalismo e respeito para com os corredores.

Infelizmente para quem correu 10k (o meu caso) faltaram 250m. Pode parecer nada mas quem está buscando colocações e posicionamento em outras corridas e até mesmo desafio patrocinados por revistas é um banho d´água. Trabalho na EMDEC e verifiquei que não houve razão para não ter mais estes 250m.

Outro ponto falho(?) foi a localização dos postos de hidratação. Como comentei no meu post do facebook, em São Paulo tivemos água de 2,5k em 2,5k o que faz uma diferença grande. Por sorte não estava quente. Sei que por regulamento 3k está correto. Mas tenho que comparar com o ano anterior onde tivemos mais águas. Verifiquei que por volta do km 7 quase em frente  do Hotel Vitória tinha uma barraca desarmada com caixas d´água.

Aproveitando acho que faltou também imaginação na cor da camisa. Sinceramente esperava pelo laranja já que no ano anterior foi azul. Mas isto é de menos.

O preço da corrida foi extremamente justo, o que é difícil de encontrar hoje em dia.

Espero que melhorem cada vez mais esta corrida com maior divulgação nas revistas especializadas para atrair mais corredores

Resposta

Olá Luis, td bem?

Conforme falamos anteriormente, retomo o contato a respeito da 3ª Meia Maratona Amil Campinas.

Estive com a organização da prova hoje para levar até eles todas as críticas ou elogios recebidos e discutir todos os pontos questionados: fornecedores de camisetas e chips, pedido por mais pontos de hidratação, entrega de kits de frutas no final da prova e entrega das medalhas.

Reconhecendo a importância de todos esses quesitos para que os atletas cumpram uma boa prova, a partir de agora os organizadores se comprometem a:

  • Alterar os fornecedores para camisetas dos kits, visando melhor atender às necessidades dos atletas por conforto e eficiência;
  • Otimizar a entrega de kits para os inscritos previamente ao dia da prova, certificando-se que os respectivos chips estarão corretamente em cada kit;
  • Alterar a mecânica de entrega dos kit frutas e medalhas no final da prova, para que somente aqueles que estiverem inscritos tenham acesso;
  • Manter a hidratação a cada e 2,5Km, agora com staff em todos os pontos


A respeito dos atletas que ficaram sem medalhas nessa edição, a Noblu pede desculpas pelo incidente e informa que enviará a respectiva medalha para o endereço que nos for indicado por cada atleta.

Para mantermos nosso contato, peço que me envie por email ou inbox o seu nome completo, endereço (para envio da medalha) e telefone.

Caso tenha mais alguma dúvida, estou à disposição.

Obrigada!

VII Meia Maratona Internacional de São Paulo




VII Meia Maratona Internacional de São Paulo

São Paulo 17 de março de 2013

Ainda não escrevi o post sobre meus desafios para 2013. O início do ano foi conturbado e pouco tempo tive para até mesmo pensar nas metas. Muitas corridas a serem realizadas em todos os cantos mas não consegui me programar. Tenho em mente meia maratona e melhorar um pouco nos 10k mas nada intenso. Este ano quero sossego.

Meia Maratona (21k) tem um sabor especial. È suficientemente longa para fazer valer um deslocamento, é desafiante e cansativa e geralmente percursos bonitos. Sei que não vou conseguir grandes velocidades mas é possível correr e observar os movimentos, os lugares e até mesmo bater um papo. Dentro deste espírito, após convite de Renato e João embarquei na primeira meia do ano.

Treinamos muitas vezes juntos. Fizemos longões debaixo de sol e de muita chuva no carnaval, o suficiente para este desafio. Infelizmente não treinei muito nas semanas. Trabalho novo e outras preocupações fizeram com que reduzisse em pelo menos 1 dia o treinamento normal. Este foi um ponto falho e que fez falta.

Como sempre, pouco sono na noite anterior (no máximo 4 horas). Fomos de carro para São Paulo e conseguimos estacionar bem perto do Pacaembu. Largada marcada para 7:30. O tempo apesar de nublado estava excelente para corrida.


Largada em descida por dois quilômetros. Logo João e Renato se distanciaram e fiquei tranqüilo no meu ritmo calculado de 6:20. è o mesmo trecho da São Silvestre. A diferença é que em vez de pegar o Memorial da América Latina subimos o elevado. Puxei conversa com um rapaz de Recife e fomos juntos até o km 5 quando ele desistiu de me acompanhar. Este trecho é o do elevado. Na verdade acho que ele errou o percurso. Penso que ele iria fazer 5k e no bate-papo esqueceu de virar no trecho da separação. Saindo do elevado entramos no centro e os próximos 8kms foram feitos dentro de uma região llimitada pela praça Princesa Isabel, Pinacoteca e Estação. Voltei a ver Renato e João no km 7. Neste trecho senti uma forte dor na panturrilha esquerda. Temi pelo pior. Mas do jeito que veio, sumiu no km 9. O trecho do km 7 fica próximo a cracolândia o que não é nem um pouco vistoso e exala um cheiro muito ruim.

Após sair desta região descemos uma rua muito arborizada em direção ao Pacaembu. No km 13 gatorade.
Aliás um ponto forte da organização é o abastecimento de água. No primeiro posto peguei uma garrafa a mais por precaução mas não dava dois km e já tinha um novo posto. Ponto para prova. Senti o cansaço por volta do km 15 em torno do Memorial da América Latina. Aliás todo este trecho a patir do km 13 corremos na São Silvestre só que no sentido inverso. Do km 15 até 15,5 uma subida muito íngreme me fez optar por andar. Faltavam ainda 6k e achei melhor poupar este trecho. È realmente pesado. Voltei a correr após normalizar o terreno e voltamos a percorrer o mesmo trecho do elevado perfazendo os km 17 e 18 no mesmo e saindo dele em descida rumo ao km 19 antes de iniciar a subida até o Pacaembu. São dois km de subida leve mas constante e para quem está cansado é desanimador. Faltando um 1,5 km pensei em andar mas já veio um corredor gritando “vamo, vamo, falta pouco”. Continuamos a corrida lado a lado (estava mais inteiro que ele). Quando ameaçava correr um pouco mais, reduzia para acompanhá-lo. Faltando uns 300m avistei Renato que já tinha acabado a corrida. O mesmo estava esperando e me acompanhou nestes metros finais junto com o companheiro desconhecido. Os últimos metros é ainda mais íngreme mais terminei a corrida bem sem as dores que eu senti nos 21k do Circuito Athenas. Cheguei exausto e fraco. Devorei uma maçã antes de pegar a medalha e gatorade. Encontramos João, batemos um papo dentro do estádio admirando e imaginando o mesmo em um dia de jogo. Antes de ir embora uma última foto com a sensação de missão cumprida. Muito bom. Contente comigo mesmo. Ótima companhia.
 

OBS: o percurso desta Meia não é fácil e não é bonito também. Correr uma meia significa para mim além do desafio em si, conhecer lugares, olhar para outros desapercebidos. Faltou isto nesta corrida. O caminho da São Silvestre é muito mais bonito.

Resultado final: 21 k em 2:20:45 com pace de 6:42

quarta-feira, 13 de março de 2013

88ª Corrida de São Silvestre



São Paulo - 31 de dezembro de 2012
88ª Corrida de São Silvestre

Este post demorou mas as impressões sobre a corrida ainda estão frescas na memória.

O importante é tratar esta corrida como um grande evento do Brasil. Está mais para uma celebração do que realmente corrida. È muito fácil distrair-se mediante tanta coisa ao redor. Infelizmente para quem quer realmente correr e fazer tempo, tem que passar por dificuldades pois insistem em não fazer largadas em ondas ou controlar baias de saída. Isto permitiria que ambos, corredores e “foliões” aproveitassem da melhor maneira possível. Muito já foi escrito e resta aguardar que alguém pense nos corredores de formas mais efetiva. Mesmo correndo lentamente você passa por inúmeras situações que dificultam seu ritmo e realmente atrapalham. Portanto antes de correr veja o que você quer deste evento.

Falar de São Silvestre significa vir a mente a famosa subida da Brigadeiro. Parece que não existe outra coisa a não ser a Brigadeiro. Para vencer este desafio, no mês de dezembro fiz um pouco de morro para amenizar a ansiedade e alguns longões para resistência. Mas o maior problema da São Silvestre é ela cair justamente no dia 31/12. Se você quer correr e fazer um tempo bom tem que resguardar o Natal e os dias que antecedem o evento. Mas como ? Fiz justamente o contrário. Comi e bebi sem remorsos e com este espírito já me conscientizei que seria uma corrida de participação, curtição com os amigos e relaxamento. Mas foi mais difícil do que o planejado.

Como estava em Águas de Lindóia, voltei no dia anterior para dormir em Campinas para pegarmos uma das duas vans reservadas para o Clube da Corrida. Um bom grupo se dispôs a acordar cedo em pleno feriado para enfrentar o último desafio do ano.


Você começa a sentir que a São Silvestre é gigante quando na parada oficial do Clube da Corrida no Frango Assado você vê atletas de toda região do estado (algumas bem longes). È muita gente parando para se abastecer e já se arrumar para a corrida (não foi assim nas outras corridas).

Chegamos cedo na avenida Paulista e ficamos bem posicionados para largada em frente ao MASP. Ai é encontrar um lugar, bater papo, rir com as dezenas de fantasias de corredores, rir das faixas mais estranhas. Parece que você está em uma grande passeata tal a quantidade de faixas. Pense nas coisas mais estranhas e você verá: gato de botas, múmia, super heróis, Papai Noel, a Dengue entre outros. Até esquece que você está lá para correr.



Quando a largada foi dada andamos ainda por uns 10 minutos antes de passar pelo pórtico e iniciarmos a corrida propriamente dita. Mais parecia um desfile de carnaval do que propriamente o início de uma corrida tal a energia dos participantes e do público. Dizem que ainda tinha gente largando quando os primeiros corredores chegaram. Calcula-se um total de 25.000 participantes com 18.000 concluindo (a maior até agora).



Cada um do Clube escolheu sua estratégia e acompanhou algum amigo. Largamos e ficamos quase a corrida toda juntos, Andréia, Priscila, João, Olair e eu. O início foi complicado pois logo após a largada já enfrentamos  um estreitamento no túnel e um afunilamento natural na descida do Pacaembu. Para fugir da multidão ocupávamos o outro lado da pista. O primeiro posto de água foi complicado. Muita gente. Um verdadeiro salve-se quem puder. Quem teve chances pegou água para a equipe.

E assim fomos juntos por um bom tempo ouvindo Andréia e outros gritando Vai CURINTIA por quase todo o percurso. Passamos pelo Memorial da América Latina (1/3 da corrida), subimos e descemos um morro e pegamos uma avenida enorme. Neste momento o cansaço bateu (ainda era cedo) e fiquei para trás ajudado pela Priscila. Como gritávamos nossos nomes para saber onde estávamos, em certo ponto da avenida meu nome e da Priscila foi cantado pela platéia. Tenho que agradecer muito a Priscila por ter me acompanhado durante o percurso. Deu a energia necessária para finalizar a prova e ajudava ainda nos postos de abastecimento pegando água, gatorade. Subimos o viaduto em direção a Rio Branco onde tinha posto de gatorade (aliás providencial). 
 Quando passamos pela Praça da República vi que meu chip perdeu-se. Não sei como saiu, mas fiquei sem saber oficialmente meu tempo. No km 12 andei por alguns metros para tomar o último carboidrato antes de enfrentar a Brigadeiro. Passamos pelo Teatro Municipal e finalmente chegamos na Brigadeiro este trecho da corrida é o sentido inverso da corrida do Centro Histórico). È incrível a visão ainda lá do alto. Neste ponto você tem a dimensão da grandiosidade da prova pois o raio de visão é enorme. Desci concentrado e me preparei para enfrentar os quase dois quilômetros.  Neste ponto muita gente já está andando. Tratei de concentrar sempre em um semáforo próximo e a cada um vencido, mirar o próximo. No km 14 desisti e andei por uns 200 metros. O coração estava na boca e achei melhor caminhar. NA calçada pelo menos duas pessoas sendo atendidas por paramédicos. Mas a solidariedade de quem está participando é grande e mesmo do público incentivando no momento mais difícil da prova. Sempre ficará este gostinho amargo de não ter vencido a Brigadeiro mas quem sabe numa próxima. Neste ponto já estávamos todos separados. Voltei a correr e entrei na Paulista com força para terminar bem a prova. Missão cumprida para um bom ano de corridas e novas amizades com todas as metas cumpridas. Cansado e feliz.

Como é bom encontrar o pessoal da camiseta azul. Desta vez na platéia tirando fotos Natália e Marina davam os parabéns. Encontrei o pessoal pegamos nossa medalha e voltamos para o ônibus. Ainda deu tempo de tomar umas latinhas de Skol antes de zarparmos rumo a Campinas.

Viagem tranqüila, despedidas, voltar para casa e ainda encarar mais uma hora de viagem até Águas de Lindóia. A família garantiu o almoço junto aos garçons do hotel. Descanso, piscina com um bom sol e repouso para a passagem de um bom ano. Feliz 2013.

Resultado: 15,32k em 1:45:14 no ritmo de 6:52