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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CPFL 100 anos Night Run




24 de novembro de 2012
CPFL 100 anos Night Run

Este post será curto. Semana agitada com corrida já no domingo, portanto vamos ao relato da prova.

Prova noturna é um astral a parte. Depois de um temporal (pelo menos para o lado da minha casa), São Pedro deu uma trégua e foi possível ir para o local.

A prova foi muito bem organizada, show. A arena confortável, com boa área para aquecimento, banheiros na medida, som de banda ao vivo, tudo para deixar o atleta tranquilo.

O Clube da Corrida tava em peso, pelo menos os fanáticos por prova ou que se inscreveram rapidamente no site. Como sempre descontração e divertimento garantido. Fotos nem se fala. Aliás é preciso sempre estar atento para não cometer nenhuma gafe porque com certeza será registrado.



Após aquecimento passado pela futura mamãe Fernanda,nos alinhamos na largada cada um com seu grupo de pace, aguardamos o sinal, que por sinal demorou um pouco e pronto. Largamos. Percurso diferenciado com subidas e descidas (nem tanto quanto T&F Galleria, mas também desafiador).

Passamos por algumas ruas bem escuras no início (CPFL, prefeitura, cadê a luz ?). Início em descida (500m) depois subida (500m) e descida até Lagoa Portão 1, volta completa com Arautos, subida (do Portão 1 até posto Shell) de 500m, reta e faltando cem metros mais uma subidinha difícil. Percurso gostoso mas trabalhoso.

Nos seis primeiros quilômetros mantive um ritmo proposto seguindo Rodrigo Vichi e Thiago e molhando a cabeça sempre que passando por um posto de abastecimento. Depois do sexto fiquei para trás. Quando finalizei Arautos um pé d´agua daqueles caiu sobre nós. Tá com sede. Abra a boca em direção ao céu. Muita água. Sempre quis correr com chuva e não poderia ter tido melhor estreia. Cansei no quilômetro 8,5. Deveria ter diminuído o ritmo mas mantive o mesmo resultando na necessidade de caminhar por uns 200m no meio da subida quando passou a Fran e deu aquele incentivo básico. Voltar a correr. Aparece a placa de 500m, 400m e mais nada. Daí 200m e a virada em direção a CPFL com uma última subida. Cansaço total. Fim de prova. A chuva tava tão forte que não tinha o que fazer. Pegar medalha, gatorade, um tremendo som feito pela banda e tentativa de achar os amigos (todos abrigados debaixo de uma tenda). 

Nesta hora só dá para pensar em banho quente e um bom vinho. Batemos os últimos papos e bóra pra casa.

Uma pena a chuva forte pois a prova foi tão bem organizada que merecia ter terminado com um pouco mais de brilho com todos festejando ao redor do som. Mas valeu a organização.

Meu tempo foi ruim, realmente esperava mais, estava tranquilo para a corrida, mas não funcionou. Fica para próxima. Acho que tem o emocional do final do ano. Estou cansado, realmente cansado.

Resultado: 10k em 58:37 no ritmo de 5:52

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Circuito Athenas - Etapa 3 - (10k/21k)


04 de novembro de 2012
Circuito Athenas – Etapa III – 21k

Finalmente chegou o dia esperado. A prova de 21k. Minha primeira meia maratona.

Já vou logo dizendo logo  que as coisas não terminaram como planejado ou pelo menos como eu gostaria que fosse. Fiz os treinamentos necessários (vários longões) sempre na companhia dos amigos do Clube da Corrida e senti que daria para terminar a prova em até 2:15 e sem necessidade de caminhar. Como estreia esse seria meu objetivo. Correr, ouvindo música, curtindo o percurso e sem o stress competitivo.

Infelizmente dez dias antes da prova senti uma fisgada no posterior da coxa o que considero o fator de ter atrapalhado o meu objetivo. Significou um treino de velocidade, um longão, um regenerativo a menos. Muito antiinfamatório e relaxante muscular. Quando voltei na quarta antes da prova corri sem dor, mas com as pernas pesadas. Foram 6k de treino onde senti o peso da semana parada, mas ainda assim confiante para a prova.

Como já publicado nos posts do Circuito Athenas a viagem para São Paulo é um show a parte graças a descontração de todos. Apesar de ter que acordar muito cedo (acredito que ninguém dormiu mais do que 4 horas) a expectativa e o bom humor estavam presentes. Como a maioria dos kits foram entregues no dia anterior, a confusão da entrega foi amenizada sendo possível relaxar pelo menos uns 30 minutos até a parada do Frango Assado com as luzes apagadas e incrivelmente sem barulho.

Após parada no Frango Assado, iniciamos a preparação final dentro do ônibus completando o lanche, colocando número de peito, passando bloqueador solar e lembrando dos itens a serem levados pela corrida. Parece simples mas é uma logística bem definida. Vale o check list na noite anterior. Certo coach ??

Desta vez chegamos cedo na arena o que deu tranquilidade (até demais) antes do início da prova. Ao entrar já encontramos o pessoal que dormiu em São Paulo e o clicar da máquinas fotográficas se iniciaram. Afinal não basta correr, tem que aparecer.


Após alongamento e aquecimento fomos para largada. Cada um se posicionando dentro dos objetivos planejados.

Liguei o som, aguardei a largada (deu tempo ainda de tirar mais fotos) e pronto. Agora é você contra você.


Larguei tranquilo com proposição de pace de 6:20 para chegar, completar a prova dentro do meu objetivo. Desta vez fiquei sem companheiro de ritmo visto que os outros também queriam melhorar suas performance. Acredito que foi mais um ponto negativo na minha trajetória.

Como já comentado nos posts do facebook, o trajeto onde você cruza com os mais rápidos é bacana pois sempre aparece aquela palavra de força. Menciono como campeãs imbatíveis neste quesito Pri Senatore e Andrea Conceição. Se elas economizassem os gritos teriam fôlego para muitos km. Na foto ao lado com um pouco de esforço dá para ver uma camisa azul bem no início da foto. Sou eu enquanto ainda tinha um mundo atrás de mim.

Atravessar a Ponte Estaiada foi muito legal. Apesar de cansativo é um diferencial. Esqueci de falar do tempo. Impecável para uma corrida. Nublado com frescor o que ajudou em muito os corredores. Se tivesse um sol o visual teria ficado melhor como na corrida da Etapa 2 onde vi o sol nascer atrás da Ponte. Atravessei a Ponte olhando a construção, no tipo do piso onde há variações de concreto e asfalto e imaginando se aquela coisa não cairia com tanta gente pulando. Tudo para distrair. Estas idas e vindas resultaram em 4 sobe e desce. Na segunda subida comecei a sentir uma pressão na bexiga muito forte. Procurei qualquer lugar mas só foi possível lá pelo quilômetro 13 no meio do canteiro da marginal. Na última subida precisei caminhar. Minha estratégia na corrida era posicionar entre Andrea que estava na frente e a Thiago e Caio que estavam atrás. Mas nesta subida a dupla me passou. Após alívio intenso retornei para pista ansioso pelo retorno posicionado pelo km 14. Neste ponto comecei a ficar muito cansado. E a cabeça começou a trabalhar contra.


Não era o fôlego mas sim  o peso das pernas. Incomodava principalmente a lombar e os glúteos. Pensei em cortar caminho e voltar várias vezes mas sei que me arrependeria amargamente. Fui intercalando 800m de corrida com 200m de caminhada. Em alguns momentos ficou meio a meio. O incentivo do povão que vem atrás é muito legal. Já que estamos conscientes que o nosso objetivo é finalizar a camaradagem na prova é muito grande. Toda hora passava alguém gritando “não podemos parar”, “força”, “já chegamos até aqui”. Realmente é uma energia muito positiva que te dá uma energia extra.

A partir do posto de hidratação do gatorade o martírio foi maior. Acho que o mesmo estava no km 16 ou 15. Os postos de gatorade e de água estavam um de frente para o outro. Isto significou água novamente somente a dois km do final da prova. Peguei o gatorade e enquanto caminhava bebendo fui empurrado por um corredor de Paulínia, Rodrigo, que no treino da quarta tinha se juntado ao Clube da Corrida. Deu uma força muito grande e levantou o astral e imaginei que terminaríamos juntos mas ele estava mais cansado do que eu e logo ficou para trás. Ainda falei de terminarmos juntos mas ele estava pior que eu. Bom , além das dores a sede apertou e deu desespero por água. Garganta muito seca. Sempre que passava por algum organizador pedia água e sempre logo ali na frente.  Água só dois quilômetros finais que continuavam extremamente longo. Parece que o quilômetro reto é mais longo.

Correndo e caminhando no limite até começar a ver as placas de metragem finais. Que desesperador. Estas placas mais me angustiam do que aliviam. Faltando 200m do nada apareceu o Rodrigo Vichi que me deu a força necessária para finalizar a prova correndo ao lado segurando meu boné e óculos e gritando. Foi alucinante. A emoção da superação (cansaço e dor) e decepção (não ter acontecido como planejado) transformaram-se em choro.  É difícil explicar esta confusão de sentimento. Mas é uma coisa boa. Novamente muito obrigado Rodrigo. Valeu demais.



Voltei para arena para encontrar o nosso grupo para nos parabenizarmos, tirarmos mais fotos, rir das dores e planejar as próximas corridas. Acho que formamos o maior grupo de corrida naquele dia. Não sei se isto foi registrado, mas aparecemos na foto do Patrocinador o que demonstra a força deste grupo.



Resumindo. Não foi o que eu esperava. Ainda tenho comigo um pouco de decepção, mas com aprendizado e bagagem necessária para próxima corrida. Quando cheguei em casa Mônica comentou que era muito desgaste e perguntou se iria ficar só nos 10k. Resposta: claro que não. Os 21k são desafiadores. Normalmente são corridas realizadas em lugares diferenciados. Vou continuar nos 21k sim. Pelo menos duas ao ano com mais preparação e com o desafio de bater nas duas horas no final de 2013.

No dia seguinte já não tinha dores, somente cansaço. Pronto para treinar novamente e já pensar nos desafios do próximo ano. Na quarta apesar da chuva rodei 45 minutos ao lado do Thiago e Ligeirinho, Glenn e Renato mais na frente. Foi muito tranquilo. Além do físico, agora tenho certeza que o psicológico (a pressão que eu mesmo criei) foram os fatores para que o resultado não fosse melhor. Lição aprendida.

Resultado: 21k em 02:21:37 no ritmo de 6:40